segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quando a Religião Não Religa

Quando voltei a escrever os meus artigos para um determinado jornal, retomei seguindo outra linha “editorial” e de reflexão. O que posto aqui são apenas meus pensamentos e minha opinião a cerca dos assuntos abordados, sem ter a pretensão de que alguém ou a maioria dos leitores concorde com aquilo que escrevo. Nesses últimos tempos tenho feito uma reflexão critica sobre a religião e o seu papel na sociedade de hoje. Algumas pessoas acharam que “peguei pesado” em alguns artigos anteriores, mas sem considerar que não precisamos entender e ver o mundo todos da mesma forma e que o bonito da vida é receber e oferecer contribuições de pessoas que vêem as coisas de um ponto diferente do nosso ponto de vista. Mas sobre a religião digo que ela é apenas um fenômeno humano e social, todas elas, inclusive o cristianismo. Todas elas invocam o sagrado para os seus objetos de culto a fim de legitimar a sua existência. Os fiéis e devotos que a professam estão na busca por algo que as transcenda, que lhes dê significado para a existência, que lhes dê aquela sensação de que estão tratando de coisas sagradas e digna de reverência, de que estão refazendo a conexão com o mundo espiritual. Essa é a religião na sua simplicidade, é a busca humana de recuperar algo que se perdeu ou se rompeu em um tempo remoto, mas que hoje pode-se buscar uma nova relação através dos rituais, das cerimônias, das preces, da celebração da vida e da morte. A questão para mim é que dentro do cristianismo as coisas também são assim. As pessoas estão na busca de Deus, acreditam elas, por isso ingressam e defendem uma denominação e um corpo de doutrinas que representam melhor aquilo que elas chamam de “verdade”. Envolvem-se com as coisas daquela religião acreditando que estão se religando a Deus, mas na grande maioria das vezes sem nunca ter uma experiência pessoal com esse Deus que julgam conhecer. Assim vivem muitos religiosos, se atolando todo dia nas coisas da religião, mas sem nunca ter certeza eterna de nada, nunca sabendo o que virá depois da vida, sem nunca discernir o essencial. Mas o papel na religião é cumprido cabalmente. O tempo passa e de repente o indivíduo levanta da sua cama num dia qualquer se sentindo especial e com um chamado ao clericato e por isso torna-se um pastor, um padre ou líder de renome. Os fiéis vêem nele um exemplo de abnegação e dedicação a Deus, creem piedosamente em suas palavras, em sua moral e sua conduta. Até que vem o escândalo, o flagrante e a denuncia. Aí, o que antes era chamada de fé, tradição, devoção, torna-se raiva, ódio e ressentimento contra a religião e finalmente contra Deus. Há milhares de pessoas vivendo assim hoje. Extremamente decepcionadas com a religião porque um dia acreditaram nela, depositaram a confiança de que os seus sacerdotes iriam religá-las com Deus e veio o absurdo, a decepção e caíram para sempre. A boa noticia é que se religião é a busca humana por Deus, o Evangelho é busca de Deus pelo ser humano. Não é iniciativa humana, mas divina, é Deus fazendo tudo por aqueles que nada podem e merecem, isso é graça. Quando essa consciência toma conta da minha mente e eu me encontro com esse Caminho que é Verdade e é a própria Vida, então eu me aquieto, deixo a agitação e a angústia de querer fazer coisas para me aproximar e me religar com Deus e apenas descanso no fato de que TUDO ESTÁ FEITO, todas as barreiras foram destruídas, a guerra acabou, o Príncipe da paz nos visitou, o véu foi rasgado e o caminho está aberto. Não há mais empecilho, medo ou pânico que nos separe de Deus. E é por isso que quando eu me encontro com essa verdade eu tenho paz e vida. Mas a essa conclusão eu não posso chegar por você, é uma viagem que todos fazemos sozinhos.

Pense Nisto

Naquele, que é pulsão de amor e vida para nós que assim cremos!

terça-feira, 20 de abril de 2010

QUAIS SÃO AS ALTERNATIVAS DA HUMANIDADE?

Se eu não tivesse a fé que tenho, e apenas olhasse o mundo como ele é e com as configurações de cenários que apresenta, qual seria a minha esperança? Sim! Quais seriam minhas alternativas de esperança? Não creio que os humanos irão privilegiar o cenário global ao cenário imediato e tópico. Assim, estaremos sempre discutindo o “modo de nossa morte”, e jamais nossa salvação no planeta. Não creio que haja tempo para salvar a humanidade, mesmo que todos, agora, a uma, nos mobilizássemos para lidar com as questões conceituais e estruturais ligados à nossa auto-extinção. Não creio que os dogmas religiosos, nacionalistas, étnicos e morais, jamais darão lugar ao Dogma do Amor que tem o poder de preservar a vida humana na Terra e com ela a própria Terra. Não creio que o amor à humanidade será jamais maior do que a disposição de morrer pela amargura das calamidades provocadas pelo ódio no passado dos povos. Não creio que haja qualquer força no coração da humanidade que seja hoje maior do que a vontade emulada pelas preocupações deste mundo e pelo poder que o dinheiro dá. Não creio que a humanidade seja capaz de pensar no bem de todos, abrindo mão de privilégios momentâneos e caprichosos, e, assim, criar as circunstancias para a sobrevivência global. Portanto, sem Jesus eu sou um ser de alma apocalíptica em minhas avaliações. Ou seja: somente a esperança em Jesus me dá um Apocalipse para além dos apocalipses da humanidade. Sem Jesus, para mim, o mundo far-se-á mal até o fim. A alternativa é o desenvolvimento de aparatos de fuga para as estrelas. Entretanto, mesmo assim, iríamos fazer guerra em outros mundos, mas ainda assim guerras, pois, somos habitados pelo poder da guerra. Com Jesus, vejo a humanidade se fazendo mal, sempre mal, mas não o fará até o fim-fim. O fim da humanidade, o fim do mundo, ou qualquer que seja a designação escolhida para tal catástrofe — não será fim-fim se o que Jesus disse é verdade. Pois se é verdade, haverá novo céu e nova terra, nos quais habita justiça. Porém, se Ele não é Ele, mas apenas um “ele” qualquer, então, a humanidade está perdida, e o que sobra é a orgia dos vampiros e o baile dos zumbis — até a última hora. Quais são suas esperanças para a humanidade?



Eu só tenho uma!


Sem ela eu morreria antes da morte chegar!


Nele, que é minha vida e esperança,


Texto de Caio Fábio

terça-feira, 13 de abril de 2010

“E não nos livre das tentações..."


A carência e o vazio existencial tem diluído a alma humana numa espécie de “geléia geral” onde não há mais individualidade sadia, apenas individualismo doentio o que tem gerado uma geração de pessoas sem identidade própria, apenas indivíduos viciados na persona da grife e da moda atual e que só se sentem bem consigo mesmas, sem estiverem dentro desse “mundinho” das novidades e do que se chama de a última tendência. Já não existe mais o ambiente da tentação.Tentação pressupõe caráter, conteúdo, idéia, valores, opinião, certeza, fé, conduta e princípios pessoais de vida. Sem isso, não há tentação. Ora, como a maioria desistiu dessas coisas há algum tempo, no máximo administram o aparecimento ou não daquilo que se considera “tentação” só para manter as aparências de que são pessoas honestas, de caráter e de boa índole para a sociedade. São poucos, diria pouquíssimos, que podendo, não façam o que podem, conseguindo não realizem o que conseguiram e podendo alcançar desistam de fazê-lo, apenas por uma questão de princípios e caráter. Tem muita gente com raiva de Deus por Ele não ter ajudado-as a cair em tentação...Sim, zangadas com Deus por não ter transformado a obsessão naquilo que as “tentava” em uma feliz resposta as suas orações. Pouca gente hoje diz não a tentação. A maioria ora a Deus assim: “... E não nos livre da tentação, mas apenas das conseqüências de seu mal contra mim”. Tentação se tornou apenas uma alternativa que pode ou não ser abraçada, dependendo se o ser tentado conseguir manter a tentação em segurança e ocultada. Trocando em miúdos, tentação não consumada é apenas aquela que não “rolou”, pois se “rolar”, e se “rolar” com segurança, a tentação já não será mais um problema. É justamente aí que está a satisfação para muitos: entregar-se a tentação fugindo das suas conseqüências danosas, socialmente falando e olhe lá. Hoje em dia tentação é apenas o desejo que só não será realizado se o malandro acreditar que pode fazer muito mal a ele mesmo, pois caso ele não veja problemas práticos que poderá manchar a sua reputação, a decisão de abraçá-la no coração já está tomada faz tempo. Cada vez menos se encontra gente que, podendo, não faça; que, conseguindo, não realize; que, desejando, não busque alcançar. Dos religiosos de hoje, me refiro as pessoas em geral que professam alguma religião, a maioria sentem culpa somente “a posteriori” (depois), nunca “a priori” (antes), só depois que a malandragem foi descoberta, o caso foi flagrado, depois que “a casa caiu”, e o fogo da paixão queimou os apaixonados... Quase ninguém tem mais luta... a maioria vai mesmo, cai de cabeça... assumiram que é irresistível e abraçaram o mal e perversão como destino normal. As palavras de Jesus: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” se tornou algo diferente na consciência de muitos hoje: “Fique de olhos bem abertos para não perder a oportunidade da tentação, pois, pode ser que você nunca mais a tenha desse modo, com essa pessoa, com todos esses benefícios, no caso de se ficar bem atento..., de olhos bem abertos, a fim de que não seja apanhado no flagra”. Tenho saudades do tempo em que se lutava contra o mal e se acreditava que nenhum mal seria maior do que as nossas forças, como disse o apóstolo Paulo. Hoje, quase de modo geral, muitos acham que a tentação seja irresistível e sentem-se idiotas quando não cedem a ela. Depois ficam perguntando a si mesmas e aos outros porque o inferno parece com o inferno e porque a vida parece ser administrada pelo próprio diabo. Portanto, hoje, olhe para você mesmo e veja se há dentro de você alguma coisa que representa ainda os valores e o caráter do Evangelho. Se não tiver, ainda há tempo de mudar, mas não perca a oportunidade de passar a limpo a sua vida, talvez o “papel” pode acabar de repente.

Saiba disso, quando a tentação deixar de ser tentação, acredite, é porque a alma já se diluiu nessa geléia geral que diz que tudo é bem normal e você nem percebeu. Virou pasta.

Pense nisto!

Naquele, que foi tentado em todas as coisas, mas venceu incólume do pecado

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O Mal Nosso de Cada Dia Nos Dai Hoje


Quem vive para odiar e aderir a natureza do diabo, que é ódio, mentira, sedução dissimulação, manipulação, ganância, inveja, soberba, e culto a si mesmo, permanece numa constante intercessão ao diabo. Quem odeia, se ira e irado permanece, amargura-se e amargurado fica, antipatiza e se tem por certo na manutenção da antipatia gratuita, e quem ama apenas por conveniência e interesse — esse vai se tornar um ser-diabo. Sim, Jesus disse aos judeus em João 8 que eles eram filhos do diabo por viverem a mentira como regra para a vida e odiarem com ódio assassino até quando falavam de fé. Assim, quem mente, e se alegra em mudar o caminho dos outros pelo engano, que maquina o mal como afirmação de inteligência e poder, que se deleita com o poder do engano e da dissimulação — esse vai se tornar um ser-diabo. Quem inveja... e existe para buscar tomar, possuir ou substituir um outro, quem faz da vida uma competição de superação do próximo, quem não se alegra com seu próprio ser, mas só se vê nas coisas que possua — esse vai se tornar um ser-diabo.Quem não vê nada e ninguém acima de si mesmo, que não teme a Deus, não reverencia a vida e não aceita a existência e a experiência de outros — esse vai se tornar um ser-diabo. Quem não se arrepende..., quem não pede perdão e não perdoa, quem nunca admite o erro puro e simples e sem explicação e lições de moral, quem jamais considera silenciar mesmo tendo razão, e, sobretudo, quem foge de amar — esse vai se tornar um ser-diabo. Sim, especialmente se confessar-se cristão!. Sim, não precisa ser um ateu ou agnóstico vetusto para ser um colaborador fiel de Satanás no mundo, basta confessar-se cristão, encher a cabeça de doutrina, praticar todos os ritos da religião, mas não viver segundo o Evangelho, nem abraçar pela consciência e pelo coração a verdade inequívoca da Palavra que vai dando razão a Deus sempre e em tudo, que esse será o próprio agente satânico de si mesmo e dos outros que o cercam, sem contudo, cair em si a respeito da sua própria desgraça. Eu sou testemunha de várias situações em que pude quase que apalpar o ódio estocada no coração de pessoas muito religiosas e freqüentadoras de suas igrejas, mas com o coração mergulhado num estado infernal. Por isso, o mais importante, todavia, é saber que somente se resiste ao diabo quando decidimos em nós mesmos nos submetermos à potente mão de Deus, pois, Ele, a Seu tempo, nos exaltará em toda forma de livramento. Somente assim cresceremos na consciência e no fato de que o Príncipe desse mundo nada tem em nós.

Pense Nisto!



Naquele, que nos ensina a vencer o diabo que quer ser eu em mim

domingo, 4 de abril de 2010

Eu Creio Em Jesus, Mas Com Limites!


Nesses três últimos dias tenho assistido a manifestações dramáticas de “fé” e até mesmo sangrentas. Por todo o mundo milhares de pessoas saem às ruas carregando cruzes de madeira numa espécie de via crucis, chicoteiam-se num ritual de autoflagelo, caminham centenas de kilometros até uma cidade sagrada, enfim, fazem de tudo para demonstrar a sua devoção e religiosidade naquele acontecimento ocorrido há mais de 2000 mil anos atrás. O que percebo é que a maioria dessas pessoas creem em coisas em nome de Deus por razões que elas mesmas não sabem explicar. Coreografam, encenam e realizam coisas como demonstração de fé, mas que jamais chegaram a compreender as implicações profundas do conteúdo da fé que eles professam.

Em João 8.21-59, Jesus diz coisas subjetivas e difíceis de entender; nisso, os judeus, que antes o questionavam queM Ele era e porque falava todas aquelas coisas, de súbito passaram a crer Nele (v. 30). A esses, Jesus disse que deveriam permanecer em Suas Palavras a fim de ser tornarem discípulos e acrescentou que se permanecessem em Sua Palavra eles haveriam de conhecer a verdade no intimo, e que a verdade os libertaria...

Quando Jesus usou o verbo “libertar”, os judeus que haviam criado nele, de repente ficaram desconfiados. Questionaram dizendo que eram descendência de Abraão (ver. 33). MAS JESUS SE REFERIA A ESCRAVIDÃO DO INTERIOR, DO PECADO. Porém, eles estavam tão bloqueados, tão pedrados pelo condicionamento cultural, político, racial, religioso e espiritual que todos esses aspectos eram mais fortes do que “essa tal nova fé em Jesus”. Reagiram, ficaram brabos. Jesus prosseguiu afirmando que sabia que eles eram da descendência de Abraão, mas que na verdade espiritualmente eram descendentes do diabo. De fato, eles se faziam filhos era do diabo, pela mentira, pela incapacidade de abraçarem a verdade de frente, e pelo ódio assassino que eles possuíam até quando falavam de fé. Eles ficaram com ódio de Jesus e partiram para a ignorância dizendo que eles estavam certos desde o principio, pois diziam que Jesus era samaritano e tinha demônios.

Assim a fé que começa com uma aceitação à essa mensagem meio enigmática, codificada de Jesus, de repente se torna em outra coisa. Jesus, no entanto, nunca esteve animado e iludido com aquela “fé” tão “pronta” e “rápida”, pois Ele os desafiou chamando-os para as implicações da confissão de fé, que é a entrega à verdade que nos liberta das doenças do pecado e de suas escravidões, mas os judeus não aceitaram.

Do mesmo modo há muitos hoje que são discípulos apenas do Jesus que não entendem, do Jesus para ser lembrado apenas na Páscoa ou no Natal, pois, quando elas são encurraladas a entenderem que ser discípulo não é achar Jesus o máximo, mas sim render-se ao reino da verdade no coração, então, a “fé” vira “ódio” e a “confissão” se torna “blasfêmia”. Por isso, hoje, nós estamos num dia muito especial para tomarmos algumas decisões: Em qual Jesus eu tenho fé? Será que hoje ao celebrar a sua ressurreição eu estou celebrando de fato no coração como libertação da escravidão espiritual da minha vida? Esse é o Jesus que me deixa sempre bem comigo mesmo? Então não é no Jesus dos Evangelhos que estou crendo!

Essa certeza você precisa ter hoje, sem demora!


Naquele, que é a Verdade que Liberta e o Caminho que Salva do Engano!