segunda-feira, 3 de maio de 2010

A Inveja Dissolve o Ser

Não há nada mais venenoso e mortífero para o ser do que cultivar no coração a desgraça da inveja. Ela é tão maligna e destruidora da alma que foi declarada no passado pela Igreja um dos sete pecados capitais. O individuo pode se considerar uma série de coisas, mas dificilmente se reconhecerá invejoso(a), porque é um assunto que mexe com os nossos brios. Aliás, quantas vezes você ouviu alguém se confessar invejoso(a)? Nem eu... Quando vemos a vida de Jesus, imediatamente se observa que toda a sua vida foi marcada por inveja por parte daqueles que o consideravam subversivo. O que levou Jesus a cruz não foi a perturbação da ordem romana ou a profanação do templo e dos costumes judaico, mas a inveja que os judeus nutriam de Jesus. No evangelho de Marcos, Jesus é entregue aos guardas que o prenderam, esses, por sua vez, levaram ao Sinédrio (tribunal judaico), o Sinédrio o entrega a Pilatos e Pilatos o entrega a Herodes que por sua vez o devolve a Pilatos e esse encurralado pela culpa de crucificar um homem inocente, mas também temeroso de desencadear uma revolta por parte da população judaica, resolveu democratizar a sua sentença colocando o inocente Jesus e o “Fernandinho Beira-Mar de Jerusalém”, Barrabás para ver quem o povo escolheria para receber a crucificação. Ora, todo esse processo de condenação em que Jesus foi preso foi motivado por pura inveja, e Pilatos percebeu isso: “pois ele bem percebia que por inveja os principais sacerdotes o havia entregado.” (Mc 15.10). Gente importante, nobre, bem vista pela sociedade, culta e influente como eram os membros do Sinédrio, foram aqueles que olhavam para Jesus com o sentimento mais adoecido, mesquinho, diabólico, perverso e sagaz que é a inveja. Essa é a expressão da inveja, é esse olhar que suga, que seca, que admira tanto o outro que não pode suportar a idéia de existir no mesmo mundo que o outro vive, que não suporta reconhecer no outro habilidades e capacidades que superam as suas e por causa disso faz desejar de todo o coração que o outro inexista, morra, desapareça, se acabe, se ferre, se dane. A inveja faz gerar em nós esse diabo. Faz a gente atropelar qualquer coisa sem sentir culpa. Esse sentimento sempre existiu, mas como Deus disse a Caim: “Cabe você dominá-lo...”. A inveja mora à porta do nosso coração, e em vez de você ignorar a questão o convite para você e para todos nós hoje é reconhecer a realidade da inveja e se dedicar incessantemente a identificar as raízes dela no coração e arrancá-la antes que ela vire uma árvore frondosa na sua vida. Por isso, se você quer manter a integridade do seu ser e preservá-lo da assimilação da natureza do diabo, entregue-se a verdade de Deus e o que Ele diz a respeito da nossa natureza.

Pense Nisto


Naquele, que nos livra da desgraça da inveja quando nos entregamos a simplicidade da sua Verdade.

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