segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Perdão para hoje

Hoje é um dia para você perdoar, por isso eu lhe pergunto: Você quer perdoar? Então decida, pois perdão é uma decisão. Decida perdoar ainda hoje, mas decida também eliminar toda e qualquer imagem que possam ilustrar ofensas e fatos passados. Se você diz que perdoou apenas porque aceitou o culpado, mas lembra a ele o seu erro sempre que ele erre, então, de fato, você ainda não perdoou. O perdão, como decisão pessoal para a vida toda não se esquece do fato que gerou a ofensa, mas tira dele a emoção sentida naquele momento, de modo que o perdão elimina o ocorrido como argumento a ser usado contra a pessoa a vida toda.

Quem decide permanecer convivendo com a pessoa que o ofendeu após tê-la perdoado não pode ressuscitar o tema da ofensa nunca mais, pois fazer isso é um ato de extrema perversidade psicológica e de insegurança emocional. Quem perdoou deve saber que o perdão sincero e profundo abre a possibilidade do outro errar de novo, mas sempre sabendo uma ofensa é uma ofensa. Quem perdoa aprende a lidar com cada uma e não com a soma das ofensas. No evangelho de Mateus 18.21, Jesus mandou perdoar até 70x7 (=490) o mesmo individuo em um só dia. Essa hipérbole é apenas para ilustrar que o perdoar deve se tornar algo equivalente ao ato de respirar, pois de fato, o perdão é como oxigênio para a alma. É ele que limpa o interior da alma, alonga a vida e a deixa mais leve.

O grande desafio do perdão é desistir da ofensa do outro como direito nosso contra ele. Por isso o perdão é um ato de fé e não de emoção, pois pela emoção ninguém perdoa ninguém. Somente pela fé é que antes de tudo olha para a própria condição e para o perdão que recebe de Deus todos os dias é que alguém pode aceitar e praticar o perdão como privilégio para a vida e para os relacionamentos. Para o perdão acontecer na sua vida, ele precisa se tornar um privilégio para você do contrário, você jamais sentirá o poder libertador e curador do perdão, ainda que você diga para todos que já perdoou. Somente quem diz de verdade “é meu privilégio perdoar”; é que de fato perdoa de modo perdoado mesmo. Mas enquanto perdoar é um fardo e uma obrigação, todo perdão será apenas sacrifício. Perdão é vida quando se torna privilégio em fé!



Pense nisso!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Qual o seu referencial de felicidade?



Basicamente todo ser humano possui um objeto através de qual referencia sua felicidade e satisfação pessoal. Uns se sentem muito alegres pelo simples fato de estar próximo aos familiares e das pessoas que ama, outros se sentem muito realizados ao constatar um equilíbrio nas finanças ou na saúde física, enfim, de um jeito ou de outro, o desejo essencial do ser humano por felicidade geralmente tem a ver com essas e outras coisas. Porém, não de hoje que venho constatando que o mundo está ficando cada vez mais triste, sombrio e mal assombrado. A maldade e a perversidade tem se multiplicado a tal ponto que faz muito filme de terror parecer conto de fadas perto da realidade que temos vivido. Agora mesmo, enquanto escrevo, uma página de noticias da internet estampa a seguinte nota: “Jovem de classe média é preso após esfaquear os pais no Rio”. Sem falar nessa geração de adolescentes e jovens que precocemente descobrem o sexo e se tornam professores na arte da transa, mas completamente incapazes de amar ou serem amados. Como explicar a onde de surtos que tem acometido milhares de pessoas em todo lugar, fazendo com que psicólogos e psiquiatras tenham dificuldade de compreender o que levou o sujeito a cometer o que cometeu (Freud explica a Freud não os outros!). Porque há tanta infelicidade no mundo? Porque, apesar do avanço tecnológico, apesar de haver mais facilidades, mais comida, mais recursos, ainda a grande maioria das pessoas são infelizes?


Paulo escrevendo aos filipenses disse: “Alegrai-vos sempre no Senhor, outras vez digo, alegrai-vos” (Fl 4.4). Essa alegria que Paulo fala é a alegria que não se referencia em nada desta vida, senão em Deus. Porque é fato que a única segurança imutável de segurança que temos em nós, não vem do cônjuge, não vem dos pais, não vem dos filhos, e muito menos da estabilidade financeira, nem da saúde, nem do emprego, mas vem de Deus. Se a alegria para você é fruto da sua saúde, aproveite esse engano porque inevitavelmente por melhor que você esteja hoje, você ainda gemera muito nessa vida. Se a alegria para você não passar do que voce tem, do que você construiu, não é praga não, mas apenas constatação: A vida vai triturar você! A nossa alegria não deve ser nem o deus prometido pela religião que promete o mundo de tranqüilidade e vitorias caso você faça todas as coisas que ele pede, geralmente dar muito dinheiro. A alegria no Senhor transcende a tudo isso. Alegria no Senhor é a capacidade de permanecer com esperança e certeza de fé mesmo diante de perdas, tragédias e surpresas nessa vida. É a capacidade de dizer: Se eu tenho eu tenho em Deus, se eu não tenho nada me falta porque o Senhor é o meu pastor, porque certamente bondade e misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida.



Pense nisto!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

“Se os meus pensamentos falassem...”

Ter bons pensamentos é a lei moral defendida pela maioria das pessoas nos dias de hoje. Independentemente se o individuo tem ou não uma religião definida, ou se pertence a um grupo esotérico de busca da energização interior, o fato é que todos procuram ter bons pensamentos em relação a vida. Na Bíblia, encontramos Paulo afirmando o que deve ocupar os nossos pensamentos. O conteúdo dos nossos pensamentos determina aquilo que somos e seremos. Eu jamais terei uma boa atitude se antes eu não desenvolver bons pensamentos. Mas ter bons pensamentos é muito mais do que pensar em coisas boas como paz, amor, verdade, é transcender a tudo isso; é introduzir em nosso processo mental aquilo que o Evangelho chama de justo, bom e verdadeiro. Significa procurar sentir o que o Evangelho nos permiti sentir em relação as pessoas, a vida e a Deus, significa alimentar a mente com as percepções e as interpretações da vida que o Evangelho nos apresenta como verdade e vida. Mas porque eu devo cultivar bons pensamentos segundo Deus? Por dois motivos. Primeiro, porque é a única vacina que me livra da paranóia adoecida de achar que Deus e a vida conspiram contra a minha felicidade e a minha alegria. Segundo, porque a maioria esmagadora das pessoas hoje está preocupada é apenas com a sua imagem, com a aparência, não com aquilo que pensa, com aquilo que povoa o tempo todo a sua mente. Muitos não estão preocupados com os olhares preconceituosos, as idéias fixas sobre as pessoas. Aí o sujeito diz para os outros: Eu nunca pulei a cerca, eu sou um homem fiel! Mas nos pensamentos dele ele é uma lebre, que pula todas as cercas possíveis. Mas por fora ele é um bom marido, um homem trabalhador de “responsa”, que cumpre bem o seu papel como advogado, empresário, médico ou religioso. Porém, se os pensamentos dele pudessem ser projetados em uma tela de cinema, é bem possível que até a mãe do individuo iria odiá-lo por isso.

O pensamento que garante a saúde mental e espiritual está em ocupar a mente daquilo que faz viver, daquilo que alimenta a esperança e o amor, somente daquilo que é simples, puro e verdadeiro. Porque na maioria das vezes a nossa mente é recheada de pura perversidade, malicia e crueldade psicológica. Porque isso não é privilégio apenas de assassinos e foras da lei; maior ou menor grau, todos carregamos essa semente da maldade em nós, inclusive em nossos pensamentos. Portanto, o convite para você hoje é parar e pensar no que pensa e se perguntar se você teria coragem de pensar o que pensa diante de Deus. Você teria coragem de colocar todos os seus pensamentos diante dAquele que sabe até o que pensamos? Como você ficaria diante dele? Que a sua resposta não te faça corar de vergonha...


Pense nisto!

Naquele, que discerne todos os nossos pensamentos e nos chama para pensar segundo os seus próprios.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Viver Ansioso



Não encontramos na Bíblia nenhuma proposta de um mundo paralelo ou de uma realidade alheia a única realidade possível para nós hoje que é nessa terra em que vivemos. Não encontro em Jesus, nos profetas e nem nos apóstolos uma promessa de que nessa vida viveríamos sabendo de tudo, de que seriamos antecipadamente informados quanto as tragédias nos acometessem ou que seriamos poupados da calamidade e da tribulação. Muito pelo contrário, Jesus acaba com essa fantasia surrealista de um mundo sem perturbação e percalços quando na sua vida terrena deixou sempre claro aos seus discípulos que nesse mundo haveríamos de passar por aflições, mas que era para termos bom ânimo porque ele venceu esse mundo. Por isso que no Evangelho de Mateus Jesus afirma aos seus discípulos que aquele que tem Deus como seu Senhor deve ter a coragem de encarar as incertezas da vida e do futuro. Ele está dizendo em outras palavras que aquele que tem Deus como Senhor de sua vida, aquele cuja espiritualidade é verdadeira e intima de Deus não deve ter uma vida ansiosa, porque a ansiedade é uma característica daqueles que não conhecem a Deus, dos gentios. Se a relação com Deus é saudável e profunda, a ansiedade e preocupação com relação ao futuro e com as necessidades materiais são absurdas e infundadas.

Ora, Jesus disse isso porque até então havia nos discípulos uma inquietação ansiosa e ele notou isso. Havia uma expectativa por parte dos discípulos de que Ele deveria ser o Messias político, libertador, que iria garantir “frango na panela” na casa de todos, independência dos estrangeiros etc., mas Jesus em várias ocasiões demonstrou o contrário disso, mas mesmo assim, muitos não entenderam, nem antes e nem depois da sua morte. A ansiedade nos leva sempre a dizer: E se? E se não der certo? E se não conseguirmos? E se fracassarmos? Essa é o tipo de pensamento ansioso. Mas a ansiedade é um engano. Porque a ansiedade me faz acreditar que as coisas dependem de mim e como eu sei que não tenho o poder do controle de todas as coisas e sei das minhas limitações, fico angustiado. A ansiedade nos faz pensar que nos precisamos tomar todas as precauções possíveis na vida para que nada nos aconteça de errado. E fatalmente as situações que não tenho o controle reflete a mih apropria impotência, daí a minha perturbação. Ela nos faz pensar que pela nossa preocupação vamos resolver problemas.

A própria vida de Jesus revela que quem quer viver em paz e sossego interior com relação ao futuro, precisa caminhar nessa terra como ele caminhou, precisa tratar a vida como ele tratou, pois caminhar com ele é sempre uma caminha em fé, e essa fé não está preocupada com os resultados, mas sim, com o cuidado de Deus. Se Deus está cuidando de mim, pode dar certo, pode dar errado, Ele está no controle de todas as coisas. Assim, quanto mais eu conheço esse Deus que me vê e me conhece, mais certo eu estou do seu caráter, do seu cuidado e das suas palavras. Sei que Ele age em favor daqueles que Nele esperam se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito (Jo 15.7). Hoje, você pode decidir descansar das suas pré-ocupações e deixar com que Deus cuide do amanhã pra você.



Pense nisto!



terça-feira, 1 de junho de 2010

Um Olhar Determina Tudo

Existe uma clara distinção entre o olhar que vê e o olhar que interpreta a vida. Não falo aqui daquele olhar que vê as coisas, cujo mecanismo é automático e passível de perder o foco, a nitidez e a objetividade com o passar do tempo, mas daquele que antecede a isso tudo. É um outro olhar que todo ser humano tem, mesmo quando fica cego. Esse é o olhar que determina quem você é e será ao longo da vida, é olhar que constrói a sua própria imagem em relação ao mundo, é o olhar que nos condiciona a sermos o que somos. Esse olhar que interpreta a vida é fruto do meu próprio ser, afinal, eu não vejo o mundo como ele é realmente, mas como eu sou. As cores, as matizes e as nuances do mundo a minha volta corresponde ao meu próprio olhar que interpreta e dá sentido a minha própria existência. Todas as disputas, conflitos, guerras, embates e divergência de opinião é resultado dessa interpretação do olhar em relação a vida. Todos temos uma maneira de olhar e interpretar a vida. A esposa possui um olhar diferente em relação as coisas, o marido não entende, quer impor a sua, daí surge a discussão.

A história do cego curado por Jesus no evangelho de Marcos, capitulo 8, serve bem para ilustrar a questão. Após receber nos olhos a própria saliva de Jesus, o homem passou a ver as coisas, porém, não sabia interpretá-las ainda, até que Jesus colocou novamente as mãos nos seus olhos e milagrosamente sua visão ficou clara e tudo distinguia de modo perfeito. Isso nos mostra que nós vemos é com o cérebro. Num primeiro momento, aquele cego teve sua visão restaurada completamente, porém, sua capacidade de interpretar a vida estava atrofiada, ele enxergava as pessoas como se fossem árvores. Ora, pessoas não são árvores, elas não andam. Portanto, o que precisou acontecer foi uma cura na maneira do individuo interpretar a vida. Por isso, muitas pessoas vivem em trevas e se perguntam por que o mundo é tão mal, tão cinza, tão triste. Tenho certeza que Jesus diria a essa pessoa que a escuridão não está no mundo. A escuridão está em mim. De modo que ninguém deve esperar a luz se acender no mundo para ajudar o seu próprio olhar. Não! o mundo não se iluminará a fim de te ajudar. Para que eu venha a olhar o mundo e a vida com luz, eu preciso é determinar que luz irá iluminar o meu ser durante toda a vida. Se é verdade que o fruto corresponde ao que foi semeado, é verdade também que para meu olhar ser um olhar de luz, preciso projetar a verdadeira “Luz” sobre o meu ser. Há quem tente iluminar o seu próprio ser com luz negra, porém, esse jamais sairá da profunda escuridão existencial. O que Jesus nos ensina é que o mundo pode ficar como ficar, mas, ainda assim, meu ser poderá ser pura luz apesar de tudo. Hoje, você precisa voltar a enxergar o mundo assim como as crianças, interpretar a vida com verdade e simplicidade. Daí Jesus dizer que o Reino de Deus às pertence, por que elas possuem a capacidade do olhar descomplicado, puro, humilde e totalmente dependente dos seus pais.



Pense nisto!

terça-feira, 25 de maio de 2010

O Fruto Corresponde Ao Que Foi Semeado

Nos últimos cinco anos da minha vida, tenho estado imerso quase que diariamente em problemas de e com pessoas. E o que tenho observado é que a maioria esmagadora delas sofrem da “síndrome da vida doce que ficou azeda” e aí ficam se perguntando porque a existência ficou tão insuportável e tão sem graça que muitos desenvolvem um desejo mórbido de se refugiarem na morte. Mas aí você começa a observar como o indivíduo trata a vida, como ele(a) se trata, os seus processos mentais desenvolvidos ao longo de uma vida inteira de muita carga de raiva, ódio e amargura, daí a resposta brota como lírios em campina verde. É por isso que o apóstolo Paulo afirmou: “Não vos enganeis: de Deus na se zomba; pois aquilo que o homem plantar, isso ele também colherá (Gálatas 6.7), ou seja, quem vive para plantar no solo da própria alma rancor, antipatia contra pessoas por quem nutre desafetos, cargas de ódio e ressentimento contra familiares ou velhos amigos, opiniões pré-concebidas, impressões fixas em relação aos outros e que criam um abismo intransponível entre as pessoas, quem vive assim está fazendo da própria vida um canteiro de espinhos, de modo que, ninguém,  que assim vive, deveria se perguntar por que está colhendo espinheiros e não uvas na vida. Ora, muitas pessoas não prestam atenção nas palavras que povoam a sua língua, não se importam com os sentimentos que carregam no coração, na maneira como se tratam, como se dão o direito de odiar e invejar inadvertidamente todos que cruzam o seu caminho, que se destacam mais do que elas, que por algum motivo elas têm a sensação de que os outros são mais felizes e mais prósperas, aí elas se resignam e se transformam em pessoas odiosas e malquerentes em relação a alegria dos outros, inclusive até dos próprios filhos já que eles não absorveram o “diabo” da mãe ou do pai e se tornam pessoas bem resolvidas, felizes e de bem com a vida, o que incomoda visceralmente os seus pais que invejam tamanha felicidade. É fato, a escuridão não está no mundo, mas em mim, daí Jesus dizer que os olhos são lâmpada do corpo, de modo que quem quer ser luz no mundo, precisa deixar de viver em densas trevas. Ora, o que pode “limpar” o nosso olhar nesse mundo senão o Evangelho? O Evangelho limpa o olhar...O Evangelho produz consciência... O Evangelho é Luz... Jesus é o Evangelho... Jesus é a Luz do meu olhar. Portanto, se você quer colher frutos de paz, de justiça, de amor, de alegria e vida, comece a semear isso na sua vida, na sua família, nas suas relações com as pessoas ainda hoje, aliás, a semente é uma só: Jesus Cristo. E não me refiro ao pacote doutrinário vendido pela religião, por qualquer uma que seja, mas ao Evangelho vivo e real que é uma Pessoa, que é o Caminho, que é a Verdade e que é a Vida. Nele, você pode ter a absoluta certeza de que se essa semente encontrar um solo fértil no seu coração, certamente você irá se agradar dos frutos que brotarão na sua existência. Duvida? Então experimente...


Naquele, que é a boa semente que o mundo rejeitou, não sabendo do seu incrível poder de transformar uma vida sem graça.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Texto Fora de Contexto Cria um Pretexto


As palavras possuem o poder de gerar vida quando bem usadas e escolhidas, como também de gerar morte, quando usadas com descuido e negligência. Elas criam amizade e estalecem vínculos entre as pessoas, comunicam sentimentos e determinam o futuro das relações. Porém, toda palavra está inserida dentro de um contexto e a ele está vinculada viceralmente, não se podendo, a partir disso, desconectá-la do contexto que lhe é próprio. Uma palavra fora do seu ambiente contextual é um perigo porque pode-se criar qualquer pretexto com ela, portanto, o contexto é a ancora de qualquer palavra em qualquer situação a fim de se evitar pretextos, que muitas vezes podem ser perversos e trágicos. A Bíblia é a mãe da maioria dos pretextos criados como resultado do uso de suas palavras sem observar seu devido contexto. Nela, pode-se extrair palavras e até mesmo sentenças inteiras a fim de serem usadas para declarar a guerra, a morte, o genocídio, o preconceito, a intolerância entre outros. Na verdade, esse é o tendão de Aquiles de muitos céticos críticos da Bíblia que extraem dela trechos polêmicos e circunstanciais, construindo, a partir disso, pretensas contradições e disparates bíblicos.
Sempre ouço algumas pessoas afirmando peremptoriamente: “Tudo posso naquele que me fortalece” baseado no versículo 13, do capítulo 4 da carta do apóstolo Paulo aos Filipenses. Quase sempre dita após uma oração onde se espera um milagre financeiro, a compra de uma casa ou um carro novo, a cura de uma doença grave, enfim. Na suposição de que essa seria uma declaração de poder para se fazer ou para se conquistar algo. Ora, esse é o grande fetiche religioso da maioria das pessoas. Poder determinar realidades e influenciar o curso da sua própria vida. Muitos que declaram isso a plenos pulmões creem piamente que Deus deve estar do lado delas, jogando ou torcendo pelo mesmo “time” que elas, e, portanto, se o próprio Deus está nesse “negócio”, posso todas as coisas nEsse que está do meu lado. Ora, como eu dizia, quando se retira um texto do seu contexto cria-se um pretexto para qualquer coisa. Quando Paulo fez essa afirmação de fé ele a fez depois de dizer dignamente que na sua vida com Deus enfrentou muitas situações contraditórias na vida. Aprendeu a conviver com a pobreza e com a fome, aprendeu a viver com gratidão na escassez e na fartura; experimentou a humilhação, como a honra. Todas essas experiências de vida forjaram nele uma hombridade madura e pacífica, gerando um contentamento permanente em toda e qualquer situação que enfrentava na sua vida. Essa maturidade o levou a dizer: “tudo posso naquele que me fortalece”. Ele reconheceu que em Deus ele recebeu o poder de saber viver em todas as situações da vida. Não se iludiu com a pretensão narcisista de muitos hoje que esperam receber um super poder para conquistar e fazer algo em beneficio próprio. O que Paulo entendeu e que você hoje precisa saber também, é que Deus não é domesticado pelos pretextos de quem acredita numa blindagem celestial só porque faz declarações usando palavras bíblicas. Não, Deus não se dobra diante de expectativas humanas e mesquinhas e que não tem nada a ver com a proposta do Evangelho. O que Ele promete é vida abundante e paz plena além de toda e qualquer compreensão humana, porque não advêm das circunstâncias e dos fatos corriqueiros da vida.


Pense nisto!


Naquele que nos chama para viver a vida de cabeça erguida em toda e qualquer circunstância na certeza de que posso viver em todas as situações, pois é Ele que me fortalece.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O Justo Não Anda Pelas Sensações


A maioria das pessoas, até aquelas que se julgam religiosas, confessam que andam pela fé, porém, na maioria das vezes vivem pela alma, pela emoção e pelas sensações e impressões. O que é desastroso no dia-a-dia. Viver pela fé é não viver por vista, por emoção, por sensação, por circunstância, por impressão, por alegrias ou por sucesso. Viver pela fé é ver o invisível apesar de todas as visibilidades negativas. É subjugar a alma ao espírito. É tirar a alma de seu estado de submissão natural aos poderes do Inconsciente e de suas pulsões, e, pela consciência que advém da certeza da fidelidade de Deus e de Seu Juramento de não se arrepender de nada concernente ao que Jesus fez — viver a vida que não se impressiona mais com nada disso. É sentir as águas invisíveis de um dilúvio de emoções nos afogando, e, mesmo assim, tratá-las como miragem e/ou como truques da subjetividade frágil e impressionável da alma. É, no pior dia, poder dizer: “Mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”. É afirmar que a vitória que vence o mundo é a nossa fé. É cantar louvores entre lágrimas. É ver na morte, qualquer morte, apenas um portal para a Vida. É saber que nada pode nos separar do amor de Cristo: nem a vida, nem a morte, nem o pecado, nem o diabo, nem qualquer criatura, e nem qualquer poder ou ambiente de mal. O problema, como disse, é que a alma é retardada. Ela é tarda para crer, como disse Jesus. Muitas vezes o espírito já viu a vitória, mas a alma ainda chora lutos de defuntos que já ressuscitaram. É por isso que Paulo diz que nenhuma dimensão pode nos separar do amor de Deus, mas não inclui o passado na lista de Romanos 8. E a razão é simples: a alma se alimenta do passado. E conquanto nem o passado possa nos separar do amor de Deus, ele, entretanto, pode nos separar da alegria vigente do amor de Deus. Posto que a alma é retardada — em razão de se alimentar de dores antigas, na maioria das vezes. Daí a Psicologia lidar sempre com o passado, pois é dele que vêm as falsas impressões que pretendem cristalizar nossa alma em estados que já não são. 90% das angústias humanas nada têm a ver com hoje, mas com ontem. Portanto, para que se viva pela fé, tem-se que deixar de ser movido pelo ontem —e até pelo hoje circunstancial— e aprender a viver no dia chamado Hoje, o qual, mesmo no pior hoje, alimenta-se da Promessa que é; e que não muda nem em razão de traumas passados ou de impressões do presente. Quem crê nisso ganha e perde, e não se impressiona. Chora lutos, mas não se sepulta junto. Lamenta perdas, mas não se faz perdido. Constata a realidade, porém, pela fé, a transcende. No dia em que o povo de Deus de fato andar pela fé, praticamente tudo aquilo que hoje enche as clínicas psicológicas e os gabinetes pastorais já não existirá como problema. Pois o que se vê é que a maioria sofre de miragens porque não anda pela fé, mas apenas pelas sensações e impressões. A fé, porém, é a certeza de coisas que se esperam e a firme convicção de fatos que se não vêem.




Nele, que disse com toda Realidade que no mundo teríamos muitas aflições, mas que não temêssemos; antes, tivéssemos Bom Ânimo, pois Ele vencera o mundo por e para nós,



Texto de Caio Fábio

quarta-feira, 5 de maio de 2010

"Para o predomínio do mal, basta que o bem não se pronuncie".

Texto de Danilo Gentili, do CQC, escrito a respeito da piada de Robin Williams sobre o RJ e sua escolha como cidade-sede das Olimpíadas de 2016, no programa do David Letterman.


"HÁ, HE, HI, ROBIN WILLIAMS!
Uns anos atrás, os Simpsons vieram pro Brasil. Homer foi sequestrado. Bart ficou excitado com a loira de short enfiado na bunda que apresentava um programa infantil na TV. O menino pobre que a Lisa ajudou não tinha o que comer, mas estava muito feliz desfilando no Carnaval. Esses dias, Robin Willians falou o seguinte: "Claro que o Rio ganhou de Chicago a sede das Olimpíadas. Chicago levou Michele e Oprah e o Rio levou 50 strippers e 500g de cocaína". Eu ri!
Advogados, autoridades e populares se revoltaram nos dois casos. Eles não se revoltam, não se mobilizam, não processam, não abrem inquéritos, não fazem passeatas quanto ao sequestro, pouco importa a loira vagabunda apresentadora de programa infantil, a idiotice do carnaval, o tráfico de drogas e a prostituição que acontecem na vida real bem debaixo do nosso nariz. Eles se revoltam só quando usam isso pra fazer piada. A piada realmente boa sempre ofende alguns e mata de rir outros por um motivo simples: a boa piada sempre fala de uma verdade. Num País onde aprendemos a mentir, enganar, roubar, tirar vantagem desde cedo, a verdade não diverte: assusta. O cara engraçado pro brasileiro é sempre aquele que fala bordões manjados, dá cambolhatas no chão em altas trapalhadas, conta piadas velhas, imita o Silvio Santos e outras personalidades ou faz um trocadilho bobo mostrando ser um ignorante acerca dos assuntos. Esses bobos passivos nos deliciam porque não incomodam ninguém! Um cara que faz um gracejo com uma verdade inconveniente pro brasileiro é como o alho pro vampiro - merece ser execrado.

O brasileiro é uma gorda de 300 quilos que odeia ouvir que é gorda. Ela faz um regime pra parar de ouvir isso? Não! Regime e exercício dão muito trabalho. É mais fácil ir ao shopping, comprar roupa de gente magra, vestir e depois acomodar a bunda na cadeira do McDonalds. O problema é que nem todo mundo é obrigado a engolir que aquela fábrica de manteiga é Barbie, só porque está com a roupa da Gisele Bundchen. Então é inevitável que mais hora, menos hora, alguém da multidão grite: "Volta pro circo!" ou "Minha nossa! É o StayPuff com o maiô da Dayane dos Santos?". Então a gorda chora. Revolta-se. Faz manha... Ameaça. Processa. Porque, embora ela tenha tentado se vestir como uma magra, no fundo, a piada a fez lembrar que ela é mais gorda que a conta bancária do Bill Gates. A autoestima dela tem a profundidade de um pires cheio de água. Ao invés de dizer que "Robin Williams tem dor de corno", prefeito do Rio, vá cuidar primeiro da sua dor de mulher de malandro. Sabe? Mulher de malandro, sim, aquela que apanha, apanha, apanha mas engole os dentes e o choro porque acha que engana a vizinha dizendo: “Eu tenho o melhor marido do mundo”. Advogados. Vocês já são alvo de piadas por outros motivos. Já que se incomodam com piadas, evitem ser alvo de mais algumas delas, não processando Robin Williams. Em vez de processo, envie pra ele uma carta de gratidão. Pense que ele estava num dos melhores programas de TV do mundo e só falou de puta e cocaína. Ele poderia ter falado por exemplo, que o turista que vier pra Olimpíadas se não for roubado pelo taxista, o será no calçadão. Poderia também ter dito que o governo e a polícia brasileira lucram com aquela cocaína do morro carioca que ele usou na piada. E se ele resolvesse falar algo como: “As crianças do Brasil não assistirão às Olimpíadas porque estarão ocupadas demais se prostituindo”?
Ah... E se ele resolvesse lançar mais uma piada do tipo: “Brasileiro é tão estúpido, que se preocupa com o que um comediante diz, mas não se preocupa com o que o político em quem ele vota faz...”.
Enfim... são muitas piadas que poderiam ter sido feitas. Quem é imbecil e se incomoda com piada, não seja injusto e agradeça ao Robin Williams porque ele só fez aquela. E depois brasileiro insiste em fazer piada dizendo que o português é que é burro."


Não esmoreça e nem desista.


Trabalhe duro!

Afinal, milhões de pessoas que vivem do bolsa-família sem trabalhar e centenas de políticos corruptos e ladrões (que VOCÊ vai reeleger este ano) dependem de você!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A Inveja Dissolve o Ser

Não há nada mais venenoso e mortífero para o ser do que cultivar no coração a desgraça da inveja. Ela é tão maligna e destruidora da alma que foi declarada no passado pela Igreja um dos sete pecados capitais. O individuo pode se considerar uma série de coisas, mas dificilmente se reconhecerá invejoso(a), porque é um assunto que mexe com os nossos brios. Aliás, quantas vezes você ouviu alguém se confessar invejoso(a)? Nem eu... Quando vemos a vida de Jesus, imediatamente se observa que toda a sua vida foi marcada por inveja por parte daqueles que o consideravam subversivo. O que levou Jesus a cruz não foi a perturbação da ordem romana ou a profanação do templo e dos costumes judaico, mas a inveja que os judeus nutriam de Jesus. No evangelho de Marcos, Jesus é entregue aos guardas que o prenderam, esses, por sua vez, levaram ao Sinédrio (tribunal judaico), o Sinédrio o entrega a Pilatos e Pilatos o entrega a Herodes que por sua vez o devolve a Pilatos e esse encurralado pela culpa de crucificar um homem inocente, mas também temeroso de desencadear uma revolta por parte da população judaica, resolveu democratizar a sua sentença colocando o inocente Jesus e o “Fernandinho Beira-Mar de Jerusalém”, Barrabás para ver quem o povo escolheria para receber a crucificação. Ora, todo esse processo de condenação em que Jesus foi preso foi motivado por pura inveja, e Pilatos percebeu isso: “pois ele bem percebia que por inveja os principais sacerdotes o havia entregado.” (Mc 15.10). Gente importante, nobre, bem vista pela sociedade, culta e influente como eram os membros do Sinédrio, foram aqueles que olhavam para Jesus com o sentimento mais adoecido, mesquinho, diabólico, perverso e sagaz que é a inveja. Essa é a expressão da inveja, é esse olhar que suga, que seca, que admira tanto o outro que não pode suportar a idéia de existir no mesmo mundo que o outro vive, que não suporta reconhecer no outro habilidades e capacidades que superam as suas e por causa disso faz desejar de todo o coração que o outro inexista, morra, desapareça, se acabe, se ferre, se dane. A inveja faz gerar em nós esse diabo. Faz a gente atropelar qualquer coisa sem sentir culpa. Esse sentimento sempre existiu, mas como Deus disse a Caim: “Cabe você dominá-lo...”. A inveja mora à porta do nosso coração, e em vez de você ignorar a questão o convite para você e para todos nós hoje é reconhecer a realidade da inveja e se dedicar incessantemente a identificar as raízes dela no coração e arrancá-la antes que ela vire uma árvore frondosa na sua vida. Por isso, se você quer manter a integridade do seu ser e preservá-lo da assimilação da natureza do diabo, entregue-se a verdade de Deus e o que Ele diz a respeito da nossa natureza.

Pense Nisto


Naquele, que nos livra da desgraça da inveja quando nos entregamos a simplicidade da sua Verdade.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quando a Religião Não Religa

Quando voltei a escrever os meus artigos para um determinado jornal, retomei seguindo outra linha “editorial” e de reflexão. O que posto aqui são apenas meus pensamentos e minha opinião a cerca dos assuntos abordados, sem ter a pretensão de que alguém ou a maioria dos leitores concorde com aquilo que escrevo. Nesses últimos tempos tenho feito uma reflexão critica sobre a religião e o seu papel na sociedade de hoje. Algumas pessoas acharam que “peguei pesado” em alguns artigos anteriores, mas sem considerar que não precisamos entender e ver o mundo todos da mesma forma e que o bonito da vida é receber e oferecer contribuições de pessoas que vêem as coisas de um ponto diferente do nosso ponto de vista. Mas sobre a religião digo que ela é apenas um fenômeno humano e social, todas elas, inclusive o cristianismo. Todas elas invocam o sagrado para os seus objetos de culto a fim de legitimar a sua existência. Os fiéis e devotos que a professam estão na busca por algo que as transcenda, que lhes dê significado para a existência, que lhes dê aquela sensação de que estão tratando de coisas sagradas e digna de reverência, de que estão refazendo a conexão com o mundo espiritual. Essa é a religião na sua simplicidade, é a busca humana de recuperar algo que se perdeu ou se rompeu em um tempo remoto, mas que hoje pode-se buscar uma nova relação através dos rituais, das cerimônias, das preces, da celebração da vida e da morte. A questão para mim é que dentro do cristianismo as coisas também são assim. As pessoas estão na busca de Deus, acreditam elas, por isso ingressam e defendem uma denominação e um corpo de doutrinas que representam melhor aquilo que elas chamam de “verdade”. Envolvem-se com as coisas daquela religião acreditando que estão se religando a Deus, mas na grande maioria das vezes sem nunca ter uma experiência pessoal com esse Deus que julgam conhecer. Assim vivem muitos religiosos, se atolando todo dia nas coisas da religião, mas sem nunca ter certeza eterna de nada, nunca sabendo o que virá depois da vida, sem nunca discernir o essencial. Mas o papel na religião é cumprido cabalmente. O tempo passa e de repente o indivíduo levanta da sua cama num dia qualquer se sentindo especial e com um chamado ao clericato e por isso torna-se um pastor, um padre ou líder de renome. Os fiéis vêem nele um exemplo de abnegação e dedicação a Deus, creem piedosamente em suas palavras, em sua moral e sua conduta. Até que vem o escândalo, o flagrante e a denuncia. Aí, o que antes era chamada de fé, tradição, devoção, torna-se raiva, ódio e ressentimento contra a religião e finalmente contra Deus. Há milhares de pessoas vivendo assim hoje. Extremamente decepcionadas com a religião porque um dia acreditaram nela, depositaram a confiança de que os seus sacerdotes iriam religá-las com Deus e veio o absurdo, a decepção e caíram para sempre. A boa noticia é que se religião é a busca humana por Deus, o Evangelho é busca de Deus pelo ser humano. Não é iniciativa humana, mas divina, é Deus fazendo tudo por aqueles que nada podem e merecem, isso é graça. Quando essa consciência toma conta da minha mente e eu me encontro com esse Caminho que é Verdade e é a própria Vida, então eu me aquieto, deixo a agitação e a angústia de querer fazer coisas para me aproximar e me religar com Deus e apenas descanso no fato de que TUDO ESTÁ FEITO, todas as barreiras foram destruídas, a guerra acabou, o Príncipe da paz nos visitou, o véu foi rasgado e o caminho está aberto. Não há mais empecilho, medo ou pânico que nos separe de Deus. E é por isso que quando eu me encontro com essa verdade eu tenho paz e vida. Mas a essa conclusão eu não posso chegar por você, é uma viagem que todos fazemos sozinhos.

Pense Nisto

Naquele, que é pulsão de amor e vida para nós que assim cremos!

terça-feira, 20 de abril de 2010

QUAIS SÃO AS ALTERNATIVAS DA HUMANIDADE?

Se eu não tivesse a fé que tenho, e apenas olhasse o mundo como ele é e com as configurações de cenários que apresenta, qual seria a minha esperança? Sim! Quais seriam minhas alternativas de esperança? Não creio que os humanos irão privilegiar o cenário global ao cenário imediato e tópico. Assim, estaremos sempre discutindo o “modo de nossa morte”, e jamais nossa salvação no planeta. Não creio que haja tempo para salvar a humanidade, mesmo que todos, agora, a uma, nos mobilizássemos para lidar com as questões conceituais e estruturais ligados à nossa auto-extinção. Não creio que os dogmas religiosos, nacionalistas, étnicos e morais, jamais darão lugar ao Dogma do Amor que tem o poder de preservar a vida humana na Terra e com ela a própria Terra. Não creio que o amor à humanidade será jamais maior do que a disposição de morrer pela amargura das calamidades provocadas pelo ódio no passado dos povos. Não creio que haja qualquer força no coração da humanidade que seja hoje maior do que a vontade emulada pelas preocupações deste mundo e pelo poder que o dinheiro dá. Não creio que a humanidade seja capaz de pensar no bem de todos, abrindo mão de privilégios momentâneos e caprichosos, e, assim, criar as circunstancias para a sobrevivência global. Portanto, sem Jesus eu sou um ser de alma apocalíptica em minhas avaliações. Ou seja: somente a esperança em Jesus me dá um Apocalipse para além dos apocalipses da humanidade. Sem Jesus, para mim, o mundo far-se-á mal até o fim. A alternativa é o desenvolvimento de aparatos de fuga para as estrelas. Entretanto, mesmo assim, iríamos fazer guerra em outros mundos, mas ainda assim guerras, pois, somos habitados pelo poder da guerra. Com Jesus, vejo a humanidade se fazendo mal, sempre mal, mas não o fará até o fim-fim. O fim da humanidade, o fim do mundo, ou qualquer que seja a designação escolhida para tal catástrofe — não será fim-fim se o que Jesus disse é verdade. Pois se é verdade, haverá novo céu e nova terra, nos quais habita justiça. Porém, se Ele não é Ele, mas apenas um “ele” qualquer, então, a humanidade está perdida, e o que sobra é a orgia dos vampiros e o baile dos zumbis — até a última hora. Quais são suas esperanças para a humanidade?



Eu só tenho uma!


Sem ela eu morreria antes da morte chegar!


Nele, que é minha vida e esperança,


Texto de Caio Fábio

terça-feira, 13 de abril de 2010

“E não nos livre das tentações..."


A carência e o vazio existencial tem diluído a alma humana numa espécie de “geléia geral” onde não há mais individualidade sadia, apenas individualismo doentio o que tem gerado uma geração de pessoas sem identidade própria, apenas indivíduos viciados na persona da grife e da moda atual e que só se sentem bem consigo mesmas, sem estiverem dentro desse “mundinho” das novidades e do que se chama de a última tendência. Já não existe mais o ambiente da tentação.Tentação pressupõe caráter, conteúdo, idéia, valores, opinião, certeza, fé, conduta e princípios pessoais de vida. Sem isso, não há tentação. Ora, como a maioria desistiu dessas coisas há algum tempo, no máximo administram o aparecimento ou não daquilo que se considera “tentação” só para manter as aparências de que são pessoas honestas, de caráter e de boa índole para a sociedade. São poucos, diria pouquíssimos, que podendo, não façam o que podem, conseguindo não realizem o que conseguiram e podendo alcançar desistam de fazê-lo, apenas por uma questão de princípios e caráter. Tem muita gente com raiva de Deus por Ele não ter ajudado-as a cair em tentação...Sim, zangadas com Deus por não ter transformado a obsessão naquilo que as “tentava” em uma feliz resposta as suas orações. Pouca gente hoje diz não a tentação. A maioria ora a Deus assim: “... E não nos livre da tentação, mas apenas das conseqüências de seu mal contra mim”. Tentação se tornou apenas uma alternativa que pode ou não ser abraçada, dependendo se o ser tentado conseguir manter a tentação em segurança e ocultada. Trocando em miúdos, tentação não consumada é apenas aquela que não “rolou”, pois se “rolar”, e se “rolar” com segurança, a tentação já não será mais um problema. É justamente aí que está a satisfação para muitos: entregar-se a tentação fugindo das suas conseqüências danosas, socialmente falando e olhe lá. Hoje em dia tentação é apenas o desejo que só não será realizado se o malandro acreditar que pode fazer muito mal a ele mesmo, pois caso ele não veja problemas práticos que poderá manchar a sua reputação, a decisão de abraçá-la no coração já está tomada faz tempo. Cada vez menos se encontra gente que, podendo, não faça; que, conseguindo, não realize; que, desejando, não busque alcançar. Dos religiosos de hoje, me refiro as pessoas em geral que professam alguma religião, a maioria sentem culpa somente “a posteriori” (depois), nunca “a priori” (antes), só depois que a malandragem foi descoberta, o caso foi flagrado, depois que “a casa caiu”, e o fogo da paixão queimou os apaixonados... Quase ninguém tem mais luta... a maioria vai mesmo, cai de cabeça... assumiram que é irresistível e abraçaram o mal e perversão como destino normal. As palavras de Jesus: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” se tornou algo diferente na consciência de muitos hoje: “Fique de olhos bem abertos para não perder a oportunidade da tentação, pois, pode ser que você nunca mais a tenha desse modo, com essa pessoa, com todos esses benefícios, no caso de se ficar bem atento..., de olhos bem abertos, a fim de que não seja apanhado no flagra”. Tenho saudades do tempo em que se lutava contra o mal e se acreditava que nenhum mal seria maior do que as nossas forças, como disse o apóstolo Paulo. Hoje, quase de modo geral, muitos acham que a tentação seja irresistível e sentem-se idiotas quando não cedem a ela. Depois ficam perguntando a si mesmas e aos outros porque o inferno parece com o inferno e porque a vida parece ser administrada pelo próprio diabo. Portanto, hoje, olhe para você mesmo e veja se há dentro de você alguma coisa que representa ainda os valores e o caráter do Evangelho. Se não tiver, ainda há tempo de mudar, mas não perca a oportunidade de passar a limpo a sua vida, talvez o “papel” pode acabar de repente.

Saiba disso, quando a tentação deixar de ser tentação, acredite, é porque a alma já se diluiu nessa geléia geral que diz que tudo é bem normal e você nem percebeu. Virou pasta.

Pense nisto!

Naquele, que foi tentado em todas as coisas, mas venceu incólume do pecado

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O Mal Nosso de Cada Dia Nos Dai Hoje


Quem vive para odiar e aderir a natureza do diabo, que é ódio, mentira, sedução dissimulação, manipulação, ganância, inveja, soberba, e culto a si mesmo, permanece numa constante intercessão ao diabo. Quem odeia, se ira e irado permanece, amargura-se e amargurado fica, antipatiza e se tem por certo na manutenção da antipatia gratuita, e quem ama apenas por conveniência e interesse — esse vai se tornar um ser-diabo. Sim, Jesus disse aos judeus em João 8 que eles eram filhos do diabo por viverem a mentira como regra para a vida e odiarem com ódio assassino até quando falavam de fé. Assim, quem mente, e se alegra em mudar o caminho dos outros pelo engano, que maquina o mal como afirmação de inteligência e poder, que se deleita com o poder do engano e da dissimulação — esse vai se tornar um ser-diabo. Quem inveja... e existe para buscar tomar, possuir ou substituir um outro, quem faz da vida uma competição de superação do próximo, quem não se alegra com seu próprio ser, mas só se vê nas coisas que possua — esse vai se tornar um ser-diabo.Quem não vê nada e ninguém acima de si mesmo, que não teme a Deus, não reverencia a vida e não aceita a existência e a experiência de outros — esse vai se tornar um ser-diabo. Quem não se arrepende..., quem não pede perdão e não perdoa, quem nunca admite o erro puro e simples e sem explicação e lições de moral, quem jamais considera silenciar mesmo tendo razão, e, sobretudo, quem foge de amar — esse vai se tornar um ser-diabo. Sim, especialmente se confessar-se cristão!. Sim, não precisa ser um ateu ou agnóstico vetusto para ser um colaborador fiel de Satanás no mundo, basta confessar-se cristão, encher a cabeça de doutrina, praticar todos os ritos da religião, mas não viver segundo o Evangelho, nem abraçar pela consciência e pelo coração a verdade inequívoca da Palavra que vai dando razão a Deus sempre e em tudo, que esse será o próprio agente satânico de si mesmo e dos outros que o cercam, sem contudo, cair em si a respeito da sua própria desgraça. Eu sou testemunha de várias situações em que pude quase que apalpar o ódio estocada no coração de pessoas muito religiosas e freqüentadoras de suas igrejas, mas com o coração mergulhado num estado infernal. Por isso, o mais importante, todavia, é saber que somente se resiste ao diabo quando decidimos em nós mesmos nos submetermos à potente mão de Deus, pois, Ele, a Seu tempo, nos exaltará em toda forma de livramento. Somente assim cresceremos na consciência e no fato de que o Príncipe desse mundo nada tem em nós.

Pense Nisto!



Naquele, que nos ensina a vencer o diabo que quer ser eu em mim

domingo, 4 de abril de 2010

Eu Creio Em Jesus, Mas Com Limites!


Nesses três últimos dias tenho assistido a manifestações dramáticas de “fé” e até mesmo sangrentas. Por todo o mundo milhares de pessoas saem às ruas carregando cruzes de madeira numa espécie de via crucis, chicoteiam-se num ritual de autoflagelo, caminham centenas de kilometros até uma cidade sagrada, enfim, fazem de tudo para demonstrar a sua devoção e religiosidade naquele acontecimento ocorrido há mais de 2000 mil anos atrás. O que percebo é que a maioria dessas pessoas creem em coisas em nome de Deus por razões que elas mesmas não sabem explicar. Coreografam, encenam e realizam coisas como demonstração de fé, mas que jamais chegaram a compreender as implicações profundas do conteúdo da fé que eles professam.

Em João 8.21-59, Jesus diz coisas subjetivas e difíceis de entender; nisso, os judeus, que antes o questionavam queM Ele era e porque falava todas aquelas coisas, de súbito passaram a crer Nele (v. 30). A esses, Jesus disse que deveriam permanecer em Suas Palavras a fim de ser tornarem discípulos e acrescentou que se permanecessem em Sua Palavra eles haveriam de conhecer a verdade no intimo, e que a verdade os libertaria...

Quando Jesus usou o verbo “libertar”, os judeus que haviam criado nele, de repente ficaram desconfiados. Questionaram dizendo que eram descendência de Abraão (ver. 33). MAS JESUS SE REFERIA A ESCRAVIDÃO DO INTERIOR, DO PECADO. Porém, eles estavam tão bloqueados, tão pedrados pelo condicionamento cultural, político, racial, religioso e espiritual que todos esses aspectos eram mais fortes do que “essa tal nova fé em Jesus”. Reagiram, ficaram brabos. Jesus prosseguiu afirmando que sabia que eles eram da descendência de Abraão, mas que na verdade espiritualmente eram descendentes do diabo. De fato, eles se faziam filhos era do diabo, pela mentira, pela incapacidade de abraçarem a verdade de frente, e pelo ódio assassino que eles possuíam até quando falavam de fé. Eles ficaram com ódio de Jesus e partiram para a ignorância dizendo que eles estavam certos desde o principio, pois diziam que Jesus era samaritano e tinha demônios.

Assim a fé que começa com uma aceitação à essa mensagem meio enigmática, codificada de Jesus, de repente se torna em outra coisa. Jesus, no entanto, nunca esteve animado e iludido com aquela “fé” tão “pronta” e “rápida”, pois Ele os desafiou chamando-os para as implicações da confissão de fé, que é a entrega à verdade que nos liberta das doenças do pecado e de suas escravidões, mas os judeus não aceitaram.

Do mesmo modo há muitos hoje que são discípulos apenas do Jesus que não entendem, do Jesus para ser lembrado apenas na Páscoa ou no Natal, pois, quando elas são encurraladas a entenderem que ser discípulo não é achar Jesus o máximo, mas sim render-se ao reino da verdade no coração, então, a “fé” vira “ódio” e a “confissão” se torna “blasfêmia”. Por isso, hoje, nós estamos num dia muito especial para tomarmos algumas decisões: Em qual Jesus eu tenho fé? Será que hoje ao celebrar a sua ressurreição eu estou celebrando de fato no coração como libertação da escravidão espiritual da minha vida? Esse é o Jesus que me deixa sempre bem comigo mesmo? Então não é no Jesus dos Evangelhos que estou crendo!

Essa certeza você precisa ter hoje, sem demora!


Naquele, que é a Verdade que Liberta e o Caminho que Salva do Engano!

terça-feira, 30 de março de 2010

A VERDADEIRA AMEAÇA AO MUNDO

Minha sobrinha Lilian, que é filha de minha irmã Suely e é jornalista, me enviou a seguinte compilação: Perguntas e respostas que estão sendo publicadas em jornais de todo o mundo, e merecem nossa reflexão:

1. Qual a porcentagem da população dos EUA na população mundial?
Resposta: 6%.

2. Qual a porcentagem do poder econômico dos EUA na riqueza mundial?
Resposta: 50%.

3. Qual país tem as maiores reservas de petróleo do mundo?
Resposta: A Arábia Saudita.

4. Qual país tem as segundas maiores reservas de petróleo do mundo?
Resposta: O Iraque.

5. Quanto somam os gastos militares por ano, em todo mundo?
Resposta: Aproximadamente US$ 900 bilhões.

6. Quanto gastam o Governo dos Estados Unidos, dentro desse total?
Resposta: 390 bilhões de dólares, aprovados pelo Congresso Nacional.

7. Quantas pessoas foram mortas nas guerras realizadas desde a 2ª Guerra Mundial até agora?
Resposta: 86 milhões de pessoas.

8. Quando apareceram armas químicas no Iraque na década de 80, durante a guerra contra o Irã e depois em 1991, essas armas foram desenvolvidas pelos iraquianos?
Resposta: Não; as fábricas e a tecnologia foram montadas e fornecidos pelo governo dos EUA, em associação com a Grã-Bretanha e empresas particulares daqueles países.

9. O governo dos EUA condenou o uso de gás pelo Iraque na guerra contra o Irã, na década de 80? Resposta: Não. 10.

Quantas pessoas o Governo Saddam Hussein matou usando gás contra a cidade curda de Halabja em 1988, localizada no norte do Iraque?
Resposta: 5 mil pessoas, todos civis.

11. Quantos governos de países do Ocidente condenaram essa ação?
Resposta: Nenhum!!

12. Existem provas de ligação entre o Iraque e o ataque de 11 de setembro?
Resposta: Nenhuma.

13. Qual foi o número estimado de mortes de pessoas civis na 1ª Guerra do Golfo em 1991?
Resposta: 35 mil.

14. Quantas baixas o exército iraquiano infligiu às tropas ocidentais durante a 1ª Guerra do Golfo?
Resposta: Insignificantes.

15. Quantos soldados iraquianos em retirada foram enterrados vivos pelos tanques dos EUA equipados com lâminas de terraplanagem?
Resposta: 6 mil soldados.

16. Quantas toneladas de urânio enriquecido foram utilizados na munição na 1ª Guerra do Golfo, m 1991?
Resposta: 40 toneladas.

17.Qual foi, segundo a ONU, o aumento dos casos de câncer no Iraque entre 1991 e 1994?
Resposta: 700%.

18. O Exército dos EUA destruiu que porcentagem da capacidade militar do Iraque, na guerra de 1991?
Resposta: 80% das forças armadas iraquianas.

19. O Iraque representou uma ameaça à paz mundial nos últimos dez anos ou a soberania de algum país?
Resposta: Não.

20. Quantas mortes de civis o Pentágono prevê no caso de um ataque em 2003?
Resposta: 10 mil. Mas o responsável pela comissão de direitos humanos da ONU entregou recente relatório ao Governo Bush, prevendo 350 mil civis mortos, um milhão de desalojados, e dois milhões tenderiam a migrar para outros países.

21. Quantas dessas mortes serão de crianças?
Resposta: Em torno de 50%.

22. Há quantos anos os EUA realizam ataques aéreos e bombardeios contra o Iraque?
Resposta: 11 anos. Inclusive usando armas químicas e biológicas, como denunciou no Fórum Social Mundial 2003, a Irmã Sherine, da congregação dos Dominicanos. Relatórios da ONU indicam que foram utilizados nesse período em torno de 9 mil toneladas de explosivos nos ataques ao Iraque.

23. Qual era a mortalidade infantil no Iraque em 1989?
Resposta: 38 para cada mil nascidos vivos.

24. Qual era a mortalidade infantil estimada em 1999?
Resposta: 131 por mil nascidos vivos, um aumento de 345%. 25.

Qual a estimativa de iraquianos mortos entre 1991 até outubro de 1999 devido às sanções da ONU?
Resposta: 1,5 milhão e cerca de 50% eram crianças.

26. Quantas resoluções da ONU contra Israel os EUA vetaram desde 1992?
Resposta: 30.

27. Qual valor da ajuda anual do governo dos EUA para o governo de Israel?
Resposta: US$ 5 bilhões, como credito para compra de armas nos Estados Unidos.

28. Quantos países do mundo possuem armas atômicas?
Resposta: Apenas 8: Estados Unidos, França, Rússia, China, Inglaterra, Índia, Paquistão e Israel

29. Quantas ogivas nucleares o Iraque possui?
Resposta: Nenhuma.

30.Quantas ogivas nucleares os EUA possuem?
Resposta: Mais de 10 mil.

31. Quantas ogivas nucleares Israel possui?
Resposta: Mais de 400. (O físico nuclear Israelense Modechai Vanunu, que trabalhou nas plantas nucleares e denunciou pela primeira vez ao mundo na década de 80, foi seqüestrado pela policia Israelense na Itália, conduzido aos tribunais e condenado a 30 anos de prisão, aonde se encontra até hoje. Por essa razão recebeu o Prêmio Nobel alternativo de 1992).

32. Alguma vez Israel permitiu inspeções de armas pela ONU?
Resposta: Não.

33. Qual porcentagem dos territórios palestinos está sob controle de colônias de judeus implantadas depois de 1991 pelos governos direitistas de Israel?
Resposta: 42% do território Palestino da Cisjordânia.

34. A invasão desse território por colonos trazidos pelo governo de Israel está respaldada em alguma convenção internacional?
Resposta: Não. São completamente ilegais, há inclusive resoluções da ONU para sua devolução. E há forte oposição dos partidos progressistas de Israel. Diante das informações e dados que você acaba de ler... Qual país, na sua opinião, constitui a maior ameaça à paz mundial: o Iraque ou os Estados Unidos?




Texto do Caio Fábio

segunda-feira, 29 de março de 2010

Um Pé na Religião e o Outro no Inferno

Faz tempo que mudei minhas convicções pessoais a respeito da fé e do ser humano. Ao longo de muitos anos acreditava que o grande objetivo da minha vida religiosa era trazer pessoas que não partilhavam a mesma fé que a minha para dentro do meu gueto religioso. Porém, descobri, lendo e vivendo os Evangelhos, que o grande problema sempre foi a religião e como as pessoas se relacionavam com ela, bem como seus equívocos em relação a Deus e a vida. Em MT 23.13-35, Jesus faz uma longa série de advertências, os chamados “ais”, contra os religiosos fariseus que rodeavam o mar e a terra para fazer um prosélito, mas que uma vez feito, o tornava filho do inferno duas vezes mais do que eles. Porém, alguém poderia dizer: Não é bom ter uma religião definida, afinal de contas ela, apesar do pesares, promove benefícios sociais e até pessoais aos seus fiéis? Ora, a história não esconde o que o próprio cristianismo promoveu em seus 1700 anos de existência, e esse sim promoveu um “desserviço” ao Evangelho incalculável. A perversidade aliada a religião transforma as pessoas no próprio arquétipo do diabo que elas julgam combater; mas tudo isso é muito diluído na consciência pessoal e coletiva empedrada e obtusa daqueles que fazem parte dessa confraria. Dessa realidade ninguém escapa, sejam católicos, evangélicos ou espiritualistas em geral. Veja a quantidade de escândalos que cercam essa gente. Desde os casos de pedofilia do padre norte-americano Lawrence Murphy que abusou de 200 crianças surdas nos EUA entre as décadas de 50 e 70 até a recente prisão de dois pastores da Igreja Mundial do Poder de Deus pegos contrabandeando sete fuzis M-15 no Mato Grosso do Sul. A maldade intrínseca do ser humano consagrada e camuflada pela religião só tornam as pessoas piores do que eram quando estavam longe dela. Pois ela mantêm a coerência externa com os ritos, as cerimônias e as doutrinas, mas interiormente estão profundamente apodrecidas da alma, cheios de hipocrisia e iniqüidade, coreografando piedade e espiritualidade exteriormente, mas fabricando e curtindo o ódio, a vingança e a morte pelo lado de dentro. Mas aí o problema não é a religião e sim as pessoas, certo?!
Ora, o que é a religião senão uma produção humana e maligna, que não tem nada a ver com o Evangelho simples e verdadeiro de Jesus. Muita coisa foi inviabilizada no mundo por causa da religião, em especial o cristianismo. Se essa religião não fosse o obstáculo que tem sido para Jesus no mundo, os judeus também tratariam diferente o Evangelho, os muçulmanos, os budistas, os hindus, enfim. O “Cristianismo”, no entanto, historicamente, desfigurou Jesus de tal modo que Ele se tornou desprezível em muitos lugares, e não é por maldade humana, mas apenas pela impossibilidade de aceitar o estupro do pacote “cristão sem o espírito de Jesus”. Em nosso país, por exemplo, considerado um dos países mais religiosos do mundo, com a maior população católica, a maior população pentecostal e a maior população espírita kardecista do mundo, é testemunha que nem por sermos tão religiosos assim somos melhores do que a Índia, o Zimbábue, o Haiti ou Papua-Nova Guiné todos com seus cultos e rituais aos deuses nativos que causam arrepios aos cristãos do “mundo civilizado”. Seja sincero com você mesmo: Você acredita realmente que a presença da religião tem melhorado o mundo e que a causa do mal no mundo hoje é porque há pessoas que não encontraram uma boa religião para professarem? O que falta na vida das pessoas não é uma religião para domesticarem-nas, mas o “Encontro”, sim, o encontro com a Vida e o Amor de Deus revelado na pessoa de Jesus Cristo. Que nada tem a ver com essa Hidra horrorosa de muitas cabeças que se criou ao longo dos séculos de história. Por isso, quem quiser viver com os dois pés no céu, precisa Hoje pensar se realmente a sua religião, herdada de família e de tradição, tem exorcizado a maldade e a hipocrisia do coração, porque senão, no dia do Juízo, esse, terá uma ingrata surpresa.

Naquele, que é Deus, da Vida e do Amor.

quinta-feira, 25 de março de 2010

A Cabana


Não me considero um leitor eclético que gosta de ler de tudo um pouco e que vive se aventurado no mundo da literatura secular, porém, as vezes me deparo com pérolas litJerárias do mundo da ficção que faz com que a alma da gente seja arrebatada e encaminhada à um êxtase de reflexões e refrigério. É aquele tipo de leitura que deixa o leitor em conflito, pois você que ver o desfecho final da história, mas ao mesmo tempo não quer terminar a prazerosa degustação literária. Uma dessas sublimes experiências aconteceu quando li a obra de William P. Young, A Cabana, lançado no Brasil pela Editora Sextante. A velha pergunta: Se Deus é tão poderoso, porque não faz nada para amenizar o nosso sofrimento? É a tônica do livro. O personagem Mack é um bom homem marcado pela vida, mas que com muito esforço conseguiu construir uma bela família, nada que lembrava aquela na qual havia nascido. Porém, sua vida começa a ganhar um outro rumo quando ele saí com a família para uma viagem de final de semana e subitamente sua filha caçula, Missy, desaparece misteriosamente. Depois de exaustivas investigações, indícios de que ela teria sido assassinada são encontradas numa velha cabana abandonada. O mundo desaba sobra a família Mack Allens, e imerso numa dor profunda e engessante, Mack, entrega-se à Grande Tristeza, um estado de letargia, ausência e raiva que, mesmo após quatro anos do desaparecimento da menina, insiste em não diminuir. Num dia frio de inverno, Mack, recebe um estranho bilhete, aparentemente assinado por Deus, convidando-o a voltar à cabana onde aconteceu a tragédia. Mesmo desconfiado, ele vai ao local numa tarde de inverno e adentra passo a passo o cenário de seu mais terrível pesadelo. Ali um oceano de dolorosas lembranças deságua na sua mente o levando a pensar em acabar com todo aquele sofrimento usando apenas a sua arma contra si mesmo. No entanto, mal sabia que o que ele encontraria lá mudaria o seu destino para sempre. As respostas que Mack encontra vão surpreender você e podem transformar a sua vida de maneira tão profunda como aconteceu com ele.

As perguntas e incompreensões de Mack são tratadas uma a uma num diálogo franco e amoroso com Deus; o que faz com que ele reflita sobre a grandeza do amor e do poder de Deus fazendo com que todos os seus sofrimentos adquirissem um novo sentido a partir de agora. Então, faça um favor à sua alma nesse final de ano, leia esse livro maravilhoso que se tornou um fenômeno de público – quase dois milhões de exemplares vendidos, só nos EUA e que em breve se tornará um filme de Hollywood.

terça-feira, 23 de março de 2010

Ovnis, Acelerador de Particulas e Jesus

Avistamentos de Ovnis e Osnis (Objetos Voadores Não-Identificados/Objetos Submarinos Não-Identificados) acompanham a história da humanidade desde os primórdios da civilização. Pinturas egpícias, mesopotâmicas deixaram estranhos desenhos de objetos muito parecidos com "discos voadores", sem falar em objetos encontrados em sitios arqueológicos de aldeias indigenas précolombianas que apresentam pequenos objetos que lembram  muito aviões e helicópteros, o detalhe é que essa cultura desapareceu há mais de 1.600 anos atrás. Hoje em dia é relativamente fácil encontrar fotos e filmagens de avistamentos; muita gente se filia a clubes de ufologia a fim de desvendar esse mistério que assombra a humanidade, a saber: Será que estamos sós nos Universo? Se não, é possivel que estajamos sendo visitados por civilizações super avançadas? Ultimamente, a ciência tem se ocupado com pesquisas no acelerador de particulas (um laboratório que custou bilhões de dolares construido sob os territórios da França e Suiça, com mais de 25Km de comprimento) a fim de recriar em categorias subatomicas as condições que levaram o Big Bang, a origem de tudo. A ideia é fazer com que esse acelerador movimentem as particulas subatomicas numa velocidade próxima a da luz e se choquem uma com a outra, criando uma fusão de energia parecidas com àquelas que iniciaram o nosso Universo. O intrigante é que quando esse acelerador foi ligado, estranhos relatos de moradores das imediações desse laboratório deixaram os jornais intrigados e pensativos se não havia relação entre o funcionamento dessa máquina e estranhos avistamentos de luzes coloridas no céu, feiches entrando e saindo da água etc. Ora, Jesus disse no Evangelho de Mateus que nos últimos dias sinais espetaculares e incomuns surgiriam no céu e na terra a fim de testemunharem a sua vinda, assim, quando tais sinais aparecessem, bem como, guerras, fomes, violência, maldade, descrença e apostasia, era para ficarmos alertas porque seria apenas o inicio do fim. Creio que Deus poderia ter criado outros planetas semelhantes ao nosso e seres tão inteligentes quanto nós mesmos, porém, esses Ovnis para mim não são indicações da existencia de vida extraterrestre, mas o que até agora se prestaram a ser, sinais, apenas sinais. Amostras ofuscadas de uma outra dimensão, invisivel aos nossos olhos, mas bem presente e reagente com o nosso. Assim, creio que a ciência está tentando abrir o portal que separa os dois universos, pois na fisica quântica tudo é possivel e tudo o que foi estudado e descoberto até aqui em categorias de ciência e progresso é reduzido a mileonésimos de porcentagem diante das possibilidades do mundo subatomico. Por isso digo, ovnis são apenas visitações nao de um mundo extraterrestre mais evoluido do que o nosso, mas seres de uma dimensão invisivel, mas bem real, a fim de confundir e pertubar as mentes nécias e imaturas. Paulo se referiria a ele de potestades do mundo espiritual...

Naquele, que é o Senhor tanto do mundo visivel como do invisivel.

EXISTA SEM FÉ E SEJA MUITO INFELIZ!

Você não precisa confiar! De fato você pode viver desconfiando e espreitando até a própria morte. Afinal, existir sem fé é possível. Sim! Você pode existir com medo, angustiado, ansioso, tomado por teorias da conspiração, pessimista até quando fala de otimismo, discutindo com Deus e com a vida, inseguro até com o equilíbrio, afogando-se no seco, sem ar na ventania, sem alegria no casamento, no nascimento e na velhice, sem sentido no trabalho, buscando gostos que não existem em um beijo, buscando abraços que não aconchegam, e, assim, continuar..., sem sentido e sem significado, como um dado estatístico, como um número, como um código de barra, como uma carteira de identidade, como um Diploma. Sim! Você pode existir sem confiar em Deus e em ninguém, como um Judas Iscariotes em todos os seus vínculos, sempre pulando fora do barco, sempre pensando antes em você, no seu projeto, nos seus interesses, nas suas moedas de prata. Sim! Você pode. E nem precisaria dizer isto a você. Afinal, você existe assim, e, por isto, você sabe que é possível existir sem paz, sem conforto, sem satisfação, sem esperança, sem a fonte da água da vida, sem a luz do mundo, sem o pão da vida, sem o gosto do sal da terra, sem a revolução do grão de mostarda crescendo em você.Sim! É possível ir existindo sem fé, ou, no máximo, apenas com fé no possível que seja realizável pelo braço do homem em dias de força e saúde. Sim! É possível. É..., mas não é. É possível existir sem fé. Só não é possível viver sem fé. Pois, quem quer que encontre inspiração para ser contra tudo o que se chama existir, é somente aquele que se justifica andando pela fé.

Sim! Pois neste mundo o viver acontece quase sempre em rota de colisão contra o mero existir!

Pense nisto!!

Naquele, que é o Autor e Consumador da nossa fé!

Como Você Ouve o Evangelho?


O escritor e sacerdote Henri Nouwen afirmou em seu livro Caminhos do Coração que hoje em dia perdemos o respeito pelas palavras, pois são tantos discursos, tantas palavras faladas, recitadas, sussurradas e gritadas que ninguém guarda o respeito por elas. As palavras já perderam o seu poder criador de gerar vida, comunhão e relacionamentos. Os pregadores pregam seus sermões semana após semana e anos após ano, mas os fiéis continuam na mesma e muitas vezes pensam: “são apenas palavras”. Os políticos, religiosos, autoridades, médicos, diariamente falam e falam, porém, já não são mais ouvidos com inteireza. Jesus certa vez ensinava uma multidão e contou uma parábola para ilustrar o efeito da Palavra de Deus em quatro tipos de solos, que são os corações das pessoas. As parábolas de Jesus tinham o objetivo de separar o interessado sincero do ouvinte casual, porque para se compreender as parábolas é necessário disposição e seriedade espiritual. Nos três tipos de solo em que a semente ficou improdutiva, ela enfrentou resistência. Os homens (Lc 8. 4-8), as aves, as pedras e os espinhos resistiram a semente. Mas, no solo fértil ela produziu a trinta, sessenta e cento por um. O primeiro, é o coração insensível e endurecido. O coração endurecido é como essa estrada, pois ele se torna insensível e impenetrável. Os corações ficam endurecidos porque se tornam passarela da humanidade, estrada congestionada onde as multidões entram, saem e passam. O pecado e falta de arrependimento vão se fixando no chão da alma, que é o coração, como ferrugem em ferro velho e não saem mais. O segundo é o coração superficial. A semente que caiu no meio das pedras descreve um coração raso e superficial. Ela chega a brotar, mas não tem umidade suficiente para crescer e frutificar. Há muitos corações que demonstram entusiasmo com a verdade e por um tempo parecem ser pessoas animadas e até efusivas com a fé cristã; mas logo que chegam as provas, e as tribulações aparecem, essas pessoas se escandalizam, tropeçam e secam. O coração superficial não frutifica. Essas pessoas demonstram apenas uma fé emocional e um entusiasmo passageiro, mas logo desanimam e retrocedem. O terceiro, é o coração ocupado. A semente que caiu no meio do espinheiro nasce, mas não cresce nem frutifica, pois os espinhos crescem juntos e sufocam a planta. Esse solo representa um coração povoado por muitos interesses e cuidados. É o coração que está mais preocupado com a riqueza e as conquistas materiais, do que agradar a Deus e se aprofundar no conhecimento do seu amor. O quarto, é o coração produtivo. A semente que caiu no solo fértil nasceu, cresceu, floresceu e frutificou a trinta, sessenta e cento por um. A semente encontrou acolhida e espaço para crescer e frutificar. Mesmo em solos férteis a produção pode variar. Assim que devemos ter os nossos corações, sempre receptivos à Palavra de Deus. Deus não se contenta com folhas, ele quer frutos, muitos frutos. Aquele galho que nada produz, é arrancado e jogado fora, mas o que produz, é podado para que produza muito mais. Deus não quer apenas propaganda de frutos, ele quer frutos, muitos frutos. Infelizmente, nem todos que possuem ouvidos realmente ouvem, por isso Jesus disse: quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Muitas vezes estamos distraídos e nos acomodamos a distração e deixemos de cultivar a semente no verdadeiro solo que ela deve cair, que é o coração. Somos bons falantes, mas péssimos ouvintes. Que tipo de solo tem sido o seu coração? Há alguma coisa atrapalhando sua vida frutificar para Deus? Que Deus nos dê um coração aberto, receptivo, preparado para a boa semente e que nossa vida seja um canteiro fértil a produzir muitos frutos para a glória de Deus.

Pense nisto!

Àquele, que é a Semente da Vida!

quinta-feira, 18 de março de 2010

FÉ NO MEDO: DE AZAR A FANTASMAS

Mesmo não tendo “muitos anos de janela” ministerial, já tenho experiência com inúmeras situações e conflitos pessoais que a grande maioria das pessoas carregam em si mesmas. Uma das coisas mais presentes nessas almas que pude observar é o medo. O medo é um dos maiores poderes que existem. Sim, o medo funciona como a antítese da fé. Se a fé possibilita organizarmos as coisas em nosso favor, o medo, ao contrário, organiza as coisas de modo negativo contra nós mesmos. O resultado deflagrado de quem vive em medo e por ele é determinado é o azar. Verdade, o azar é a fé no medo, e não é difícil encontrar pessoas que dizem: “Aquilo que eu mais temia aconteceu!”. Uma mente tomada pelo medo é uma fábrica de fantasmas, demônios e toda sorte de energia psíquica auto-destrutiva. O filme Poltergeist é apenas uma ilustração tácita do medo, mas é bem verdade que o medo humano é capaz de matar e morrer. Porém, a única vacina contra o medo é o amor, pois ele inocenta a vida em relação ao poder do medo. A Bíblia diz: “No amor não existe medo, logo o perfeito amor lança fora todo medo...”(1Jo 4.18). Aquele que teme e anda na culpa e no terror, faz do medo a sua trilha existencial, o guia da sua alma _ esse entrou no túnel dos azares e dos poderes auto-destrutivos. Quando a mente vive em pânico e no medo, até Jesus virá fantasma: “É um fantasma!”, disse Pedro ao ver Jesus caminhando sobre o mar da Galiléia em plena madrugada. Numa casa onde as almas dos seus moradores estão entregues às forças do azar, do medo, da culpa neurótica, o resultado sempre aparece com as coisas sendo jogadas pelo ar, barulhos estranhos na noite, sensações estranhas e por aí vai. Sim, de súbito a vida começa a se tornar um caos, e tudo quanto se temia nos sobrevém... Aquele, porém, que anda em fé, e que não teme mais nada, e que de nada se ocupa e preocupa quanto ao morrer ou quanto ao encontro com a dor, com a tragédia ou com o acaso, esse caminha livre, e, estranhamente, desse também os males fogem, pois o seu caminhar é em segurança no amor Daquele que nos afirma que nada, absolutamente nada, pode nos separar do seu amor que está em Cristo Jesus, sejam coisas visíveis ou invisíveis, potestades ou forças, estamos seguros e assegurados nesse grande amor.

Creia nisto!

Este é também ensino do Evangelho!

Pr. André

A PAZ NÃO É PARA SABER

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo”. João 14.27

As Escrituras fazem uma distinção entre paz e “paz”. Sim, para Deus uma é a paz dos homens e outra a paz do céu. A paz dos homens é fruto do conforto, da estabilidade financeira, da ostentação dos bens, da manutenção do status, das boas sensações. No entanto, tire-se qualquer dessas coisas de um homem e ele perderá toda a paz que supostamente ele possua. A paz de Deus, no entanto, não é assim. Pois se a paz dos homens decorre de muitas bênçãos e prosperidades, a paz de Deus, no entanto, decorre de Deus apenas, e não de circunstancias favoráveis.
Todo dia encontro pessoas que possuem quase tudo para serem felizes, do ponto de vista humano. São pessoas bem estabelecidas financeiramente, o casamento, com alguns conflitos aqui e ali, se firma bem, a família bem encaminhada, mas numa simples conversa você sente uma abismal falta de paz. Assim, eu faço uma pergunta a você: Qual é a paz que você busca? A que depende do Paraíso se manifestar na terra, conforme os caprichos e ilusões do homem; ou aquela paz que excede ao entendimento, e que está presente em nós mesmo quando o mundo todo nos designa como azarões?
Alguém lê isto e diz: Eu já sabia. Nada novo! Ora, não quero aqui usar esse espaço para escrever novidades a fim de satisfazer o gosto estético e acabar com a vida entediante daquele que perdeu a alegria de viver. Por isso eu pergunto mais uma vez: Qual é a vantagem de dizer que sabe algo se você diz que sabe sem ter jamais provado? A paz de Deus não é uma bandeira. Ela é apenas paz para ser vivida, e não pregada como discurso de sedução aos angustiados. De nada adianta ao faminto conhecer o cardápio do banquete sem jamais sentar à mesa, colocar o alimento no prato e se atolar com gosto em todos os sabores e consistências. Paulo diz que tudo isto se transforma em fato e realidade em nós se aprendermos a pensar, a sentir, a imaginar e falar; pois, a paz de Deus enche o coração de quem pensa o que é bom e justo, e busca sentir e falar apenas aquilo que seja construtivo. A esses se diz que a paz de Deus que excede a todo entendimento encherá suas mentes e coração. Tudo isto que estou dizendo somente será verdade quando for verdade em você.

Naquele, que é a nossa paz


Pr. André

“Não suporto mais existir...”

A simples existência tem se transformado nos últimos tempos uma tarefa implacável e perversa. É relativamente comum noticias de pessoas que acabaram com a própria vida se atirando do alto de alguma ponte ou prédio, ou ainda noticias de pessoas famosas ou não que numa noite de “depre” foram encontrados mortos depois de se empanzinarem de algum coquetel de calmantes a fim de “aliviar” a pressão. São historias infindáveis de pessoas que sofrem com a solidão, por insatisfação com quem está ao lado delas, ou pela simples tristeza de não ter propósito nenhum de continuar existindo. É, o mundo está mudando, o mal e a maldade estão crescendo, o amor esfriando, e as pessoas se desesperando por não conseguirem ser feliz. Certa vez alguém disse: “A terra está se transformando num lugar mal-assombrado”. Isso é o que acontece quando o significado da existência está em se ter um marido ou uma esposa, ou ainda em filhos, uma casa, realização profissional ou qualquer outro “bem” desta terra. Ora, quem crê no amor de Deus em Cristo Jesus sabe e descansa no fato de que Ele é o Deus da vida, da alegria, da paz, da verdade e de tudo o que é essencial a vida. Enquanto Jesus, bem como a esperança do Evangelho, que nada tem a ver com as tradições religiosas e afirmações dogmáticas da religião, não forem entronizados em nós, pela fé, como RAZÃO ABSOLUTA de nosso existir, tudo mais perde a graça, a alegria e o significado, ainda que todas essas coisas que muitos elegem como necessárias para a sua própria felicidade e realização caíssem milagrosamente no seu colo. Ora, quando esta consciência entra em mim e injeta no meu ser uma nova pulsão todas essas coisas deixam de ser os deuses de nossas esperanças e passam a ser coadjuvantes diminutos no significado de nossa existência. Infelizmente, cada vez mais o mundo está criando uma geração de pessoas deprimidas e com angustias de morte até o fim. Filhos irreverentes e insatisfeitos com tudo e com todos, maridos e esposas infiéis nos sentimentos e ávidos por novas aventuras “extra” daquilo que um dia se chamou de casamento, crentes de que uma experiência transgressora como essa devolverá aquela alegria e contentamento que se perdeu. Ora, somos todos filhos de uma geração alimentada por mentira existencial! Para esta nossa geração de fracos e frustrados, a felicidade é marido, filhos, emprego e reconhecimento. Entretanto, para quem conhece tudo, já teve tudo, já provou tudo, já lambeu tudo, já comeu tudo, já foi insensato em tudo, e, ainda assim, vê que o vazio e a falta de sentido perduram — fica claro que todas essas coisas são boas coadjuvantes na existência, mas jamais devem ser vistas como razão de viver. Quem quer viver a vida sem essas angústias de morte e fazer a vida valer a pena, precisa encher a mente e o coração com o fato de que todos nós cumprimos um propósito divino nessa terra e que a nossa vida é muito mais do que comer, beber e nos vestir, afinal, quem ama a Deus vive com propósito mesmo quando se encontra na escuridão total ou cercado por circunstancias aterradoras. Por isso, faça esse teste, se entregue ao amor de Deus em Cristo Jesus e verá que o que digo tem sentido, não por alguém que estudou a respeito, mas que se atolou de saber que assim que é, porque se assim não fosse, seria insuportável existir.

Naquele, que é o Propósito de nossa existência!

Pr. André