quinta-feira, 18 de março de 2010

“Não suporto mais existir...”

A simples existência tem se transformado nos últimos tempos uma tarefa implacável e perversa. É relativamente comum noticias de pessoas que acabaram com a própria vida se atirando do alto de alguma ponte ou prédio, ou ainda noticias de pessoas famosas ou não que numa noite de “depre” foram encontrados mortos depois de se empanzinarem de algum coquetel de calmantes a fim de “aliviar” a pressão. São historias infindáveis de pessoas que sofrem com a solidão, por insatisfação com quem está ao lado delas, ou pela simples tristeza de não ter propósito nenhum de continuar existindo. É, o mundo está mudando, o mal e a maldade estão crescendo, o amor esfriando, e as pessoas se desesperando por não conseguirem ser feliz. Certa vez alguém disse: “A terra está se transformando num lugar mal-assombrado”. Isso é o que acontece quando o significado da existência está em se ter um marido ou uma esposa, ou ainda em filhos, uma casa, realização profissional ou qualquer outro “bem” desta terra. Ora, quem crê no amor de Deus em Cristo Jesus sabe e descansa no fato de que Ele é o Deus da vida, da alegria, da paz, da verdade e de tudo o que é essencial a vida. Enquanto Jesus, bem como a esperança do Evangelho, que nada tem a ver com as tradições religiosas e afirmações dogmáticas da religião, não forem entronizados em nós, pela fé, como RAZÃO ABSOLUTA de nosso existir, tudo mais perde a graça, a alegria e o significado, ainda que todas essas coisas que muitos elegem como necessárias para a sua própria felicidade e realização caíssem milagrosamente no seu colo. Ora, quando esta consciência entra em mim e injeta no meu ser uma nova pulsão todas essas coisas deixam de ser os deuses de nossas esperanças e passam a ser coadjuvantes diminutos no significado de nossa existência. Infelizmente, cada vez mais o mundo está criando uma geração de pessoas deprimidas e com angustias de morte até o fim. Filhos irreverentes e insatisfeitos com tudo e com todos, maridos e esposas infiéis nos sentimentos e ávidos por novas aventuras “extra” daquilo que um dia se chamou de casamento, crentes de que uma experiência transgressora como essa devolverá aquela alegria e contentamento que se perdeu. Ora, somos todos filhos de uma geração alimentada por mentira existencial! Para esta nossa geração de fracos e frustrados, a felicidade é marido, filhos, emprego e reconhecimento. Entretanto, para quem conhece tudo, já teve tudo, já provou tudo, já lambeu tudo, já comeu tudo, já foi insensato em tudo, e, ainda assim, vê que o vazio e a falta de sentido perduram — fica claro que todas essas coisas são boas coadjuvantes na existência, mas jamais devem ser vistas como razão de viver. Quem quer viver a vida sem essas angústias de morte e fazer a vida valer a pena, precisa encher a mente e o coração com o fato de que todos nós cumprimos um propósito divino nessa terra e que a nossa vida é muito mais do que comer, beber e nos vestir, afinal, quem ama a Deus vive com propósito mesmo quando se encontra na escuridão total ou cercado por circunstancias aterradoras. Por isso, faça esse teste, se entregue ao amor de Deus em Cristo Jesus e verá que o que digo tem sentido, não por alguém que estudou a respeito, mas que se atolou de saber que assim que é, porque se assim não fosse, seria insuportável existir.

Naquele, que é o Propósito de nossa existência!

Pr. André

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