domingo, 4 de abril de 2010

Eu Creio Em Jesus, Mas Com Limites!


Nesses três últimos dias tenho assistido a manifestações dramáticas de “fé” e até mesmo sangrentas. Por todo o mundo milhares de pessoas saem às ruas carregando cruzes de madeira numa espécie de via crucis, chicoteiam-se num ritual de autoflagelo, caminham centenas de kilometros até uma cidade sagrada, enfim, fazem de tudo para demonstrar a sua devoção e religiosidade naquele acontecimento ocorrido há mais de 2000 mil anos atrás. O que percebo é que a maioria dessas pessoas creem em coisas em nome de Deus por razões que elas mesmas não sabem explicar. Coreografam, encenam e realizam coisas como demonstração de fé, mas que jamais chegaram a compreender as implicações profundas do conteúdo da fé que eles professam.

Em João 8.21-59, Jesus diz coisas subjetivas e difíceis de entender; nisso, os judeus, que antes o questionavam queM Ele era e porque falava todas aquelas coisas, de súbito passaram a crer Nele (v. 30). A esses, Jesus disse que deveriam permanecer em Suas Palavras a fim de ser tornarem discípulos e acrescentou que se permanecessem em Sua Palavra eles haveriam de conhecer a verdade no intimo, e que a verdade os libertaria...

Quando Jesus usou o verbo “libertar”, os judeus que haviam criado nele, de repente ficaram desconfiados. Questionaram dizendo que eram descendência de Abraão (ver. 33). MAS JESUS SE REFERIA A ESCRAVIDÃO DO INTERIOR, DO PECADO. Porém, eles estavam tão bloqueados, tão pedrados pelo condicionamento cultural, político, racial, religioso e espiritual que todos esses aspectos eram mais fortes do que “essa tal nova fé em Jesus”. Reagiram, ficaram brabos. Jesus prosseguiu afirmando que sabia que eles eram da descendência de Abraão, mas que na verdade espiritualmente eram descendentes do diabo. De fato, eles se faziam filhos era do diabo, pela mentira, pela incapacidade de abraçarem a verdade de frente, e pelo ódio assassino que eles possuíam até quando falavam de fé. Eles ficaram com ódio de Jesus e partiram para a ignorância dizendo que eles estavam certos desde o principio, pois diziam que Jesus era samaritano e tinha demônios.

Assim a fé que começa com uma aceitação à essa mensagem meio enigmática, codificada de Jesus, de repente se torna em outra coisa. Jesus, no entanto, nunca esteve animado e iludido com aquela “fé” tão “pronta” e “rápida”, pois Ele os desafiou chamando-os para as implicações da confissão de fé, que é a entrega à verdade que nos liberta das doenças do pecado e de suas escravidões, mas os judeus não aceitaram.

Do mesmo modo há muitos hoje que são discípulos apenas do Jesus que não entendem, do Jesus para ser lembrado apenas na Páscoa ou no Natal, pois, quando elas são encurraladas a entenderem que ser discípulo não é achar Jesus o máximo, mas sim render-se ao reino da verdade no coração, então, a “fé” vira “ódio” e a “confissão” se torna “blasfêmia”. Por isso, hoje, nós estamos num dia muito especial para tomarmos algumas decisões: Em qual Jesus eu tenho fé? Será que hoje ao celebrar a sua ressurreição eu estou celebrando de fato no coração como libertação da escravidão espiritual da minha vida? Esse é o Jesus que me deixa sempre bem comigo mesmo? Então não é no Jesus dos Evangelhos que estou crendo!

Essa certeza você precisa ter hoje, sem demora!


Naquele, que é a Verdade que Liberta e o Caminho que Salva do Engano!

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